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Todas as pessoas na vida têm pelo menos um amor impossível. Um caso antigo mal resolvido, uma paixão platónica, o primeiro namorado, a primeira rejeição... Todos temos... Faz parte do nosso património afectivo. Pode ser insignificante, ou muito profundo.

Os amores impossíveis são encantadores, e o objecto desse amor é sempre uma pessoa igual a qualquer outra, cheia de defeitos, mas que aos nossos olhos é um ser perfeito, intocável e irresistível.

O nosso amor impossível é sempre a mais gira, aquela que tem mais charme, os olhos e o cabelo mais bonitos, o mais perfeito corpo... é sempre a mais sensual, e a que tem a melhor presença... a vestir ela é a que demonstra mais requinte, e quando fala, ai quando fala, tem o timbre inconfundível de voz que nós tanto amamos, usa as palavras como só ela sabe... e quando ri, então é como se o paraíso tivesse descido à terra e não existisse mais nada.

A maior parte das vezes, isto faz apenas parte do nosso imaginário e da nossa memória. E quando fechamos os olhos, ela diz-nos tudo aquilo que nós tanto gostaríamos de ouvir, e que provavelmente nunca lhe terá passado pela cabeça. Para nós, ela é o ser perfeito e intocável que o destino nos roubou. São assim os amores impossíveis, e é insuportável vivê-los...

É claro que esses amores são impossíveis... porque sempre o foram... mas em vez de nos desmotivar, faz crescer em nós a vontade absurda e inesgotável de lutar por ele. Só porque o orgulho e a teimosia nos conduzem sempre cega e inutilmente a desejar sempre o que não temos.

Até que um dia a sorte muda, e voltamos a cruzar-nos com essa pessoa, e como não há fome que não dê em fartura... passamos a estar juntos de manhã, à tarde, e à noite, conversamos e olhámo-nos... e pouco a pouco o encanto quebra-se a cada defeito que nos salta escandalosamente à vista. Então enterramos os sonhos, e pouco ou nada resta. Às vezes fica uma boa amizade, e a consciência de termos sido tão ingenuamente enganados por nós próprios durante anos...

Não gosto de viver o "agora" como se fosse o último momento da minha vida.
Não gosto de viver assim, não consigo, nem quero.
Acho que o maior favor que posso fazer a mim mesmo é viver a vida no dia-a-dia, e realizar os meus "sonhos" à medida que me for sendo possível.

Na vida há momentos altos e baixos, há momentos de sabermos bem o que fazer e outros em que nem tanto. Momentos de amor e desamor.

O ser humano é na sua essência o bem e o mal juntos no mesmo coração, e o mundo é como um "aquário" em que vivemos, e que está cheio de lugares comuns, onde os "peixes" nadam, nadam... e nadam mas não saem do lugar.

O "aquário" está também cheio de hipocrisia, cheio de falsos amores, de falsos amigos... de falsidade. Por isso por vezes é preciso saber saltar para fora do "aquário", e fugir dessa hipocrisia que infelizmente é o que mais há dentro do "aquário" em que vivemos, e a que alguns chamam de nosso mundo .

A minha amiga Ignota do blogue "Idónea Ilaqueação".... desafiou-me a enumerar.... 6 características que me definam. Estes desafios acabam por ser sempre uma forma de conhecermos melhor quem está por trás de cada blogue. E como há um lado em mim sempre disposto a participar nestas coisas, aceitei o desafio, e vou então levantar um pouco a ponta do véu...

Sou um Apaixonado... Sou um eterno apaixonado, e gosto de me sentir sempre apaixonado. Não me custa abdicar, sacrificar, pactuar, se for esse o preço que terei que pagar, por algo que para mim vale muito mais - o valor raro e sem preço de amar.

Sou Discreto... Por isso odeio que falem de mim, porque o que os outros dizem de mim, não pode ser aceite como uma coisa que seja "minha", que me passe a pertencer, ou que me permitisse escolher se passaria ou não a pertencer. O que dizem de mim é apenas uma ideia que os outros fazem "acerca" de mim, ou seja, algo que acontece passar-se à minha volta. Se não, aquilo que dizemos dos outros também adquiria a propriedade incrível de passar a ser deles... e na realidade também não é assim.

Sou Brincalhão... Gosto de estar sempre a brincar, porque para mim brincar é a melhor coisa do mundo. Brincar é imaginar... ser quem se quer. Muitas vezes ouço dizerem-me para não brincar com coisas sérias, mas para mim é impossível brincar com as outras. Só gosto de brincar com coisas sérias, porque acho que brincar é mais difícil do que não brincar. Não há nada mais fácil do que dizer "estava a falar a sério".

Sou Modesto... Por isso detesto os arrogantes, porque eles são os convencidos da vida. Todos os dias os encontro, e evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem... convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.

Sou Transparente... Logo detesto desconfianças, porque não há melhor caminho para as fundamentar do que tomá-las como verdadeiras. As suspeitas não são mais do que zumbidos, que são artificialmente alimentadas com histórias, e ditos maliciosos. Certamente, o melhor meio de esclarecer as suspeitas é a conversar, porque só assim se conseguirá conhecer melhor a verdade do que se conhecia antes, e conseguir-se-á que a pessoa de quem se desconfiou, seja de futuro mais verdadeira, e não nos dê mais motivos de suspeição.

Sou Verdadeiro... Prefiro uma verdade dolorosa, mas superável ainda que difícil, do que uma mentira fácil, pesarosa, e destrutível.


Para ajudar a espalhar ainda mais este vírus dos desafios pela blogosfera, vou desafiar a Mel, a Um Momento, a Joana Dalila Santos, a Elsa, a Beijinha, e a Ana Pacheco

A Páscoa representa o que pode nascer e vir a ser... por isso devemos adoçar as nossas vidas com boas ideias, que possam germinar em novos amores. Acreditar nessa simples possibilidade já faz da Páscoa um momento super feliz.

A ideia de que as nossas esperanças se renovam em datas festivas carregadas de tantos significados deixa-nos mais solidários, alegres, e naturalmente procuramos partilhar essa alegria. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor, do que esta época para vos falar em Esperança...

Chega-se à Esperança através da verdade, pagando o preço que for necessário para a adquirir. A verdade é que nunca se dá tanto como quando se dão esperanças.

Muitas vezes para se ter Esperança é preciso ir muito além do desespero. Diz-se que a Esperança é a última a morrer, eu acho que a Esperança nunca morre, nem nunca nos deixa de acompanhar.

Páscoa feliz para todos

O medo... o medo... é só uma palavra... apenas uma palavra, que por vezes nos nossos lábios soa a conformismo ou dor.

Às vezes parece que é o nosso próprio organismo que se recusa a ser feliz, a fazer as coisas bem... O medo realmente desencadeia um sem número de sentimentos, especialmente no amor, mas isso só acontece porque é muito difícil deixarmos de ser "eu" para nos transformarmos com alguém num "nós". É um processo lento, e nem sempre bem sucedido.

A mente humana é dona de estranhas armadilhas. O maior problema é que muitas vezes parece que nos recusamos a entende-las. Por vezes parece que queremos fugir. Mas será que sabemos sempre do que queremos fugir? Fugir de nós mesmos? Fugir do amor?

Ser feliz nem sempre é fácil. Ser feliz às vezes dói. Mas a verdade é que na infelicidade também pode existir "poesia", e nas lágrimas também pode existir amor... É por isso que a vida é bela.

Por vezes não sabemos amar, porque o amor nos ultrapassa, e por isso temos medo... medo da grandiosidade, medo de sentir falta de alguém, medo de ser um sonho e a qualquer momento acordarmos... medo de amar.

Não sou amarga, por mais que me contrariem o coração. Sou apreciadora de homens com sensibilidade, e com bom senso, embora normalmente o bom senso seja muito relativo...

Desde muito nova que me apaixono com facilidade, por isso decidi trocar o termo "paixão" por "fascínio", porque me fascino com tudo o que as pessoas têm para me mostrar, e com tudo o que lhes posso conquistar. Gosto desta luta, que por vezes se assemelha à improbabilidade de encontrar uma casa de banho limpa num festival de Verão.

Uma desta noites sentados na mesa de um bar, e com a vista mais bonita com que poderia sonhar como pano de fundo, ele por quem me sentia apaixonada, disse-me:
"É estranho, mas eu nunca me senti tão à vontade a falar com ninguém como contigo"
E eu perguntei: "E isso é bom, ou mau?"
Ele respondeu-me: "É assustador"

Depois dele me dizer isto a música do bar parou, e os empregados limparam os últimos copos. Então eu quase a cambalear levantei-me, fui até ao balcão, e ajudada por tudo o que tinha bebido e ouvido, dirigi-me ao barman e disse-lhe: "Eu percebo que queiram todos ir para casa descansar, mas não parem a música, para não me pararem este momento"

Voltei à mesa dos copos vazios, de todas as palavras que ele ainda não me tinha dito, e de todas as confissões, e voltamos a ouvir a banda sonora da noite, que por acaso era péssima devo dizer, mas o que quer que fosse teria soado bem naquela noite. Saímos do bar directos para o carro, de mão dada, e unidos pela paixão. Ele deixou-me em casa e fui dormir. Nunca mais estive com ele...!!!

Vejo-o muitas vezes, ele sorri-me a medo, e eu procuro nem olhar para ele. Quando estou acompanhada, ele arrisca em vir dar-me um beijo, porque sabe que assim não corre o perigo de eu o questionar. Vem com o seu ar "politicamente correcto" e pergunta-me: "Estás boa?". Depois afasta-se confiante, e com a sensação de ter cumprido o seu papel.

Deve pensar que eu acho que ele até é um gajo porreiro... e até acho, só que para mim um gajo porreiro é uma coisinha insuficiente, porque na minha avaliação, seja de uma queca, ou de um amor, a positiva só começa a partir da coragem.

Não percebo como ele pode ter sido tão cobarde, e há de certeza quem ache que eu deveria vingar-me dele, enxovalhá-lo, ou desprezá-lo num momento "politicamente correcto", mas eu nunca lhe faria uma coisa dessas, porque a vingança é uma motivação muito perigosa, por isso prefiro sorrir, sabendo que um dia ele vai lembrar-se de mim quando precisar de coragem.
A coragem só podia ser mesmo uma palavra feminina...

"Estar perto", é sinónimo de "estar quase"...
E qual é o significado de um quase?
Quase que sinto, quase que alcanço, quase... sempre quase.
Quase, mas não de facto.
Não gosto da palavra quase, muito menos do seu significado.
Estivemos tão perto, mas a ideia já vai longe...
E por isso, eu prefiro mesmo o nunca, porque o quase significa que se "ficou perto" mas não se concretizou.

Demos uma escapadela de duas noites ao hotel mais bonito, e mais "in" da minha cidade, que é aquela a que os Lisboetas insistem em tratar por "Inbicta", o que me irrita bastante, tanto quanto a história do "cimbalino", que já ninguém diz, mas que eles insistem...

A coisa começou logo mal, porque chegados ao hotel ele abraçou-me logo na recepção, e aquilo, sei lá porquê, pareceu-me exagerado... enjoativo mesmo... Subimos no elevador envidraçado que me faz sonhar com Tóquio, e comecei a achar que ele não tinha sido a escolha certa para contracenar neste filme comigo, mas aguentei-me...

No quarto, ele começou logo a despir-me, e eu a sonhar com o jacuzzi, acabei por lhe dizer, num estilo que não me reconheço: "E se deixássemos isto para depois?". E comecei a sentir os primeiros sinais de arrependimento.

A caminho do spa, eu e ele de roupões vestidos, e mesmo comigo a precisar de mais umas sessões de drenagem linfática, a verdade é que me sentia nas tintas para que ele reparasse nisso, porque não estou apaixonada, porque se o estivesse a conversa seria outra.

Na piscina, ele refastelou-se nas cadeiras longas, e eu nem queria acreditar quando ele sacou do seu charuto, e me perguntou confiante: "Vamos?". E enfiou-se no jacuzzi de charuto na boca, julgando-se dono do mundo!!! No momento em que lhe digo: "Não me parece que te fique bem essa coisa na boca", uma rapariga muito educada vem ter connosco e pede-lhe amavelmente que apague o charuto.

A partir daqui começou a minha contagem decrescente para que esta escapadela de duas noites chegasse rapidamente ao fim. Era escusado... era escusado eu ter dado a este gajo esta oportunidade, mas se não o tivesse feito, talvez me arrependesse na dúvida. Assim fiz, está feito, e não se repete.

O tempo acabou por passar depressa, graças à quantidade de vinho e cocktails que fui bebendo. Na primeira noite, bebemos tanto que caímos na cama vestidos. Na segunda noite, invoquei a amiga ressaca para não ser "incomodada". Benditas as bocas que não se ocupam só de charutos...

Todos nós conhecemos pessoas que parecem estar sempre a representar um papel, e não a viverem as suas verdades, os seus valores, e os seus princípios. A mim parece-me que quem é assim, é porque é uma pessoa insegura, com baixa auto-estima, falsa, e hipócrita. Pode-se até dizer, que é cobardia, sei lá...

Essas pessoas, que agem assim constantemente, normalmente perdem a credibilidade, mas mesmo assim nunca desistem de agir dessa forma. Diria ainda que as pessoas que actuam sempre dessa forma estão a enganar-se em primeiro lugar a si próprios. Por isso, o melhor mesmo é deixar a cera de lado...

Tudo na vida é feito de ciclos, com o seu princípio, meio, e fim.
Obviamente, como o amor faz parte de vida, não poderia ser excepção.
O amor nasce do brilho de um olhar, do encanto de um sorriso, dos jogos de sedução por entre trocas de olhares. Começa escondido, meio tímido, até ganhar o seu espaço e roubar todo o coração.

Fortalece-se no prazer dos carinhos, nos beijos, nos abraços, e na confiança da convivência. Afirma-se no dia-a-dia, no despertar juntos entre lençóis desfeitos, com a lua como testemunha. No desejo de estar sempre por perto. Na dor da saudade. Mesmo no ciúme...

E, no fim, pode ser imortal, pode ser eterno, ou pode adormecer... e abrir espaço para um novo amor que poderá estar a pedir para nascer...

As más recordações são tão difíceis de afastar quanto as boas, ou seja, são impossíveis de afastar. Vivem connosco, fazem parte de nós, e daquilo que nós somos. Porque nós somos a soma de todos os bocadinhos que vivemos.

Também é verdade que não devemos viver de recordações, sejam elas boas ou más. O interessante da vida, é sentirmos a cada momento que estamos vivos, e para isso nada melhor do que irmos somando à nossa vida momentos que mais tarde possam virar recordações (não é muito relevante se são boas ou más).

As recordações, de certeza que não vão ser a salvação da minha vida, mas vão com certeza servir de barómetro para avaliar se a minha vida foi boa ou não. O que ditará essa minha conclusão será o diferencial existente entre as boas e as más recordações.
Por agora as boas recordações são muitas mais que as más recordações, e espero que assim continue.

O nosso esforço deve ser no sentido de não deixar que um momento de raiva deixe marcas, mas afinal somos humanos, e como todos os humanos também erramos. Por isso temos tendência a colocar pregos e a deixar buracos naqueles que mais amamos. Parece um paradoxo, mas infelizmente é verdade.

Sei que ao longo da minha vida, já preguei alguns pregos, que inevitavelmente deixaram cicatrizes. Mas também já fui vítima de vários pregos, que também me deixaram cicatrizes bem profundas. Tento no entanto encarar sempre isso pelo lado positivo, por isso costumo pensar que cada cicatriz que em mim foi deixada ajudou-me a crescer, a ganhar experiência, e maturidade.



Mostra-te e diz-me quem tu és
Do alto não se olha para o chão
Olha-me e diz-me quem tu vês
O risco não é mais que uma ilusão
Diz-me o que te vai no pensamento
Conta-me os sonhos que só tu sabes

O Carlos do blogue "Caixa de Pandora", ao dizer que a Leonor gostava das palavras Despojos e Espargos, foi o causador de ela ter desencadeado no seu blogue "A Curva da Estrada", mais uma corrente, que consiste em escolhermos doze palavras das quais gostemos.

A Leonor justifica a iniciação de mais esta corrente dizendo que o faz por ser uma alma curiosa. Vai daí a Aorta do blogue "Pressão Sanguínea", que também foi apanhada pela corrente, e que também encarnou a alma curiosa, desafiou-me a dizer-vos quais são as minhas doze palavras preferidas... Aqui vão elas:


Pessoas... mas também gosto de não gostar de todas
Partilhar... desde que me seja permitido manter uma parte de mim em segredo
Questões... desde que possa deixar as respostas a meio
Mistérios... mas não de quem se esconde por detrás das lentes de óculos escuros

Encruzilhadas... porque nem sempre é bom saber o caminho a seguir
Imprevistos... porque não acredito em previsões, nem em destinos traçados
Chorar... mas que não me tentem secar as lágrimas

Lágrimas... tristes por excelência, vazias de conteúdo, doridas, originadas por um silêncio mudo
Gritos... quero gritar, quero possuir força e alma, ter fé numa solução
Loucura... originada no amor, desfeita no calor de corpos abraçados, de beijos consumidos, de desejos possuídos

Raiva... do que poderia alcançar, do que poderia sonhar, desfeito de corpo e alma, sem nada a almejar, tremer com terror, esperando talvez ter melhor sorte, noutra vida, noutro corpo, noutra solução, noutro amor, numa outra situação
Visões... do amor, do calor, do sentido, do que se quer conquistar


Imbuído do espírito de alma curiosa, gostaria de saber quais são as doze palavras sem as quais não passam a Atlantys, belakbrilha, Cacau, Calminha, Cöllyßry, Hannah, Ignota, Incongruente, Jacinta Correia, Menina Vogue, Rachel, Zita