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Foram horas infindáveis... Nessa noite não conseguia adormecer, ansiando pela chegada da hora do encontro. Pensava em tudo quanto te queria dizer... vezes sem conta.

Por fim, adormeci exausto. Sonhei contigo. No sonho, estávamos muito perto. Quase encostados. Mas não te conseguia tocar. Não que houvesse alguma barreira, mas de cada vez que te tentava dar a mão, encontrava apenas a minha. Aos poucos a noite foi passando, apareceu a luz do dia, eu acordei, e as horas pareciam não querer passar!!!

Eram vinte e três horas em ponto quando eu cheguei ao bar. Irrequieto, mal conseguia aguentar a demora da espera. Olhava para o relógio constantemente. À minha volta começava a ficar muita gente, a maioria acompanhada. Sozinho esperava pela tua chegada. Passaram-se os primeiros cinco minutos sem tu chegares...

Depois, mais cinco minutos... O relógio indicava serem vinte e três e quinze quando finalmente apareceste. Só então compreendi...

O tempo separa-nos sempre em quinze minutos.
Tu não chegaste a falar. Interrompi-te. Peguei-te nas mãos e disse-te: "Agora não posso, estou atrasado quinze minutos".

Como era de esperar, deste-me a volta, acabei por ficar, acabei por te amar. Por isso, é que ainda hoje estou contigo.

No entanto, sempre que combinamos uma hora para nos encontrar, tu chegas sempre quinze minutos atrasada... Mas agora tu já não dizes:
"Agora não posso, estou atrasada quinze minutos"

(Fim)

Os dias seguintes passaram-se sem tu apareceres. Mantinha sempre viva a esperança de te reencontrar a qualquer momento. Sem compreender porquê, sabia que não te era indiferente.

Forçava os mesmos lugares, à tua procura. Combatia o desespero, à medida que o tempo passava.
"Onde estarias?"- interrogava-me.

Sabia que não te queria esquecer. Pensava em ti constantemente, preso aos pormenores mais insignificantes. "Tu voltarias ao bar". Sentia que voltarias...

Passaram-se muitas semanas. Já quase tinha perdido a esperança de te encontrar. Lá estava eu no mesmo bar quando me senti subitamente observado...

Por entre a multidão, vi-te fixando o teu olhar em mim, seguindo os meus gestos. Por segundos fiquei sem reacção. Tu sorriste-me, fizeste-me um pequeno aceno com a mão. Os teus olhos brilhavam...

Lentamente, começaste a caminhar em direcção à porta. Corri na tua direcção. Quando cheguei perto tu já estavas dentro do carro, que entretanto entrava em movimento. Tu abriste a janela e ainda me disseste:
"Agora não posso, estou atrasada quinze minutos".

Não desisti, continuei a acompanhar com o olhar o andar ainda lento do carro, e gritei-te: "Se o que nos separa são apenas quinze minutos, diz-me uma hora e um local e eu estarei lá à tua espera".

Tu rabiscaste numa folha de papel, e atiraste-a pela janela do carro. Baixei-me a apanhá-la. Tinha escrito...
"Amanhã às vinte e três horas. Aqui no bar"
Quando levantei os olhos já o carro se afastava rapidamente...

(continua)

No dia seguinte voltei ao mesmo bar, à mesma hora. No bar estava uma multidão, de onde eu esperava ver-te surgir a qualquer instante.

Estava sozinho a ouvir a música, a noite a passar, e eu a desesperar por não te encontrar. Durante esse tempo, dirigi-me vezes sem conta para a porta.

Enquanto o tempo passava, a minha cabeça pendia cansada sobre o pescoço, que descaía vencido no meio dos ombros, sobre o corpo encostado ao balcão. Ausente... não me apercebi que o bar esvaziava...

Lá muito ao longe senti de novo o teu perfume. Quando olhei, vi-te de novo luminosa... mais real. Aproximaste-te, e de seguida colocaste a tua mão suavemente sobre a minha boca, fazendo-me sinal para não falar. Chegaste-te mais perto de mim, deste-me um beijo com carinho, e disseste-me:
"Agora não posso, estou atrasada quinze minutos".
No início, não quis aceitar.

Mas o vazio provocado pela tua partida fez-me compreender que mesmo sem eu querer, estava apaixonado por ti perdidamente, por uma estranha que nem conhecia direito!!! Ao medo sucedeu-se entusiasmo e alegria. Mesmo sabendo que sacrificaria desta forma o tipo de vida que vivia, não me importava.
Estava disposto a pagar qualquer preço para voltar a ver-te de novo...

(continua)

Quase sem querer o meu olhar cruzou-se com o teu... Surpreendido voltei a olhar com curiosidade, fixei primeiro os teus lábios e só depois, de novo, o teu olhar.

De repente na tua cara abriu-se num sorriso maravilhoso. As luzes daquele bar realçavam a tua beleza frágil, quase irreal!!! De uma atracção quase irresistível. Instintivamente aproximei-me...

Quis falar-te, mas tu baixaste os olhos, e discretamente consultaste o teu relógio. Por breves segundos hesitaste... e com nervosismo olhaste em teu redor. Trocámos algumas palavras, mas por pouco tempo... inclinaste-te e disseste-me ao ouvido: "Agora não posso ficar, já estou atrasada quinze minutos. Tenho que ir embora". Depois desapareceste.

Fiquei ali, quieto, a sentir o teu perfume... obcecado pela tua imagem... prolongando aqueles segundos na minha imaginação. Por momentos era invadido por uma onda de entusiasmo, para logo de seguida cair em profundo estado de apatia e de duvida...
Voltaria de novo a encontrar-te?

(continua)

Fecho os olhos para não ver o tempo passar, porque sinto a tua falta... Conto os dias e conto as horas para te ver... Cada minuto é muito tempo sem ti... Os segundos vão passando lentamente...

Eu não me estou a habituar sem a tua mão para me acalmar, sem o teu olhar para me entender, sem o teu carinho...

Eu não me estou a habituar sem sentir as tuas mãos no meu cabelo... eu a acender um cigarro, e o teu jeito meio louco de me fazeres deixá-lo, quando a tua boca acende em mim um desejo mais que me parece pouco.

Mas quando tu não estás comigo, eu recordo-te. Tenho na minha memória o teu retrato, os teus gestos, os teus sinais, e a tua voz que está em mim. O teu olhar ficou por aqui... quando tu não estás para eu te recordar... Tu és a mão que eu aperto, o nome certo deste amor em mim.

Vem fazer-me feliz... Vem fazer-me esquecer o tempo que tenho passado sem ti...
Já não importa o tempo que passou, o que passou, passou...

Se não fosse a nossa consciência, teríamos muito mais chances de estarmos juntos e felizes, e teríamos mais tempo para nos envolvermos no nosso amor tão sincero.

Estaríamos bem mais tranquilos, um dentro do outro, a viver no mesmo corpo, e a sonhar com coisas bem mais reais.

Mas a verdade é que eu sinto-me tão culpado por te querer, e ao mesmo tempo inocente por te amar assim tanto!!!

Porque será que tenho sempre a sensação...
De que só tu é que contas?

A minha Amiga Stillforty, passou-me este testemunho.
Aceitei-o, porque embora não simpatize muito com as chamadas "correntes", a verdade é que elas estão a ser espalhadas por esta blogosfera, e sempre é uma forma de conhecermos melhor quem está por trás de cada Blogue.
Agora, parece que só falta lembrarem-se da música, e eu fico a aguardar!!!

Qual o último filme que viste no cinema?
"Million Dollar Baby"

Frankie é um treinador de boxe que geriu as carreiras de vários boxeurs. No ringue, ele costuma ensinar os seus atletas que o mais importante é protegerem-se a si mesmos. É então que aparece Maggie, uma empregada de café com uma enorme determinação e vontade de vencer que quer tornar-se uma grande atleta. Mas para que tal possa acontecer, ela precisa de alguém que acredite nela e a treine. Inicialmente, Frankie tenta a todo o custo demovê-la, invocando várias razões: por ser mulher, por ser demasiado velha para começar a treinar, e fundamentalmente porque depois de uma série de desaires profissionais, ele não se quer comprometer. Mas mesmo assim, ela entrega-se ao treino no ginásio, diariamente. Passado algum tempo e perante a obstinação da rapariga, Frankie aceita treiná-la, nascendo assim uma relação de inspiração mútua e partilha. Os dois vão ajudar-se mutuamente e, aos poucos, vão descobrindo um sentido de família que há muito desaparecera das suas vidas.

Qual a tua sessão preferida?
Obviamente uma qualquer sessão da noite, com uma boa companhia, e preferêncialmente num cinema sem pipocas. Se assim for o ambiente pode tornar-se muito romântico e acolhedor.

Qual o primeiro filme que te fascinou?
Inevitavelmente o "About Last Night"


Depois de tomarem uns copos num local da moda de Chicago, Danny e Debbie vão para casa dele, acabando como uma típica conquista de solteiro, uma aventura de uma noite.
O romance não é sério, mas é sensual, até que algo de surpreendente acontece: querem ver-se outra vez. É o início de uma relação que irrita o melhor amigo de Danny e que surpreende a cínica companheira de apartamento de Debbie, que fazem todo o possível para que eles acabem a sua relação.
Mas Danny e Debbie são felizes juntos e começam a dar-se conta de que fazer amor é fácil, dizer amo-te é mais difícil e estar apaixonado é o mais duro.



Para que filme gostarias de ser transportado/a?
"Before Sunrise" e "Before Sunset"
Jesse e Celine conheceram-se por acaso numa viagem de comboio que ía de Budapeste a Viena, passaram o dia juntos e separaram-se no início do dia seguinte. Nove anos depois eles reencontram-se, novamente por acaso. Jesse agora é um conhecido escritor, enquanto que Celine trabalha para uma organização de protecção ao meio-ambiente. Jesse está em Paris para promover o seu novo livro e, após reencontrar Celine, passa com ela algumas horas, onde discutem o que aconteceu em suas vidas em todos estes anos.


E já agora, qual a personagem de filme que terias gostado de conhecer um dia?
Emily (Carré Otis) em "Wild Orchid"

Quando a fantasia se torna realidade tudo pode acontecer. Saída dos estudos académicos, Emily conseguiu um emprego de sonho numa poderosa empresa bancária, e é enviada para o Rio de Janeiro para fechar um poderoso negócio de muitos milhões de dólares. Trabalhando com a conceituada negociante, Cláudia Lirons, Emily encontra-se inesperadamente submersa em dois mundos: O primeiro, pleno de dinheiro onde a quebra de uma regra poderá causar enormes prejuízos, o segundo, onde não existem regras, pejado de fantasias eróticas.
Ansioso por conduzir Emily aos ostentosos hábitos da ilha, está uma antiga paixão de Cláudia, Jim Wheeler. Misterioso, sedutor, e muito rico, Wheeler prova ser um intrigante iniciador da ingénua Emily, prestes a aprender a fascinante linguagem da paixão.

Que actor(actriz), realizador(a)/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?

O produtor Zalman King. Tenho um particular fascínio por este produtor, por ele ver os filmes de uma forma diferente, ou seja, em primeiro lugar vem a imagem, e depois mesmo antes de escolher os actores, vem a música.
A actriz, inquestionavelmente a Demi Moore, porque é só a atriz que mais me fascina.


A quem vais passar o testemunho?
Ao Pensamentos, porque pelo nome, deve pensar muita coisa sobre este tema.
À Carlinha, porque sim, talvez por ser nova na blogosfera está na altura de ser metida nestas coisas das correntes.
À Borboleta Assanhada, porque o que ela escreve me fascina pela sua criatividade e sensualidade, por isso quero saber mais um pouco sobre ela.

Fecha os teus olhos, dá-me a tua mão, amor.
Sentes o meu coração bater?
Compreendes-me?
Sentes o mesmo que eu?
Ou estou apenas a sonhar?
Isto que está a arder é a chama eterna do nosso amor?
Eu acredito no que está destinado a acontecer, amor.
Eu observo-te quando tu estás a dormir, e o teu lugar é comigo.
Tu sentes o mesmo?
Ou eu estou apenas a sonhar?
Isto que está a arder é a chama eterna do nosso amor?
Diz o meu nome, enquanto o sol brilha à chuva...
Passei uma vida toda tão sozinho, e agora tu chegaste e aliviaste a minha dor.
Eu não quero perder este sentimento.
Isto que está a arder é a chama eterna do nosso amor?

Espero que tu vejas "esta letra" como eu não te posso ver...
Gostava que estas palavras te tocassem como eu não te posso tocar...
Desejo que tu ames este "som" como eu não te posso amar...

Antes que os meus olhos te vissem, e que a tua pele eu sentisse, foi o meu coração que te viu.

Tu chegaste de um jeito, sem muita explicação, e tiraste-me de um mau momento para uma grande paixão.

Havia uma hipótese de nós nos encontrarmos... Havia uma estação, onde o comboio teria que parar, para eu te poder encontrar... Tu chegaste a sorrir, não sei bem de onde...

Quando tu e eu nos tocámos num olhar, não houve força que nos separasse... Havia uma "porta" que um de nós teria que abrir... Havia um beijo que ninguém iria impedir... Quando nos deixamos levar, tudo foi bem mais fácil... Para poder recomeçar a viver sem limites para sonhar...


Tudo se passou em segredo... Fui buscar-te de carro, e levei-te à beira-mar. Sentámo-nos na esplanada, a tomar um copo. Foi nesse dia que tudo começou, nunca mais vou esquecer...

O mar, o sol, o céu, a praia... Um mundo de prazer. Acendi então um cigarro, afaguei-te o cabelo, e tu conseguiste-me mostrar o que é o amor.

Quando nós nos separámos, fiquei contigo perto dos olhos, e os teus lábios beijei. Eu nem queria acreditar no que me estava a acontecer!!! Mas só assim se poderia inventar o nosso amor...

Misteriosos estes caminhos que nos levaram um até ao outro!!!

Hoje ao visitar o blog da minha afilhada, "a menina", deparei-me com um texto em que ela fala sobre o ciúme. Percebi que tem várias dúvidas relativamente a ele.
Se é normal? Se faz bem? Se é doentio? Se destrói uma relação?
Como "Padrinho", parece-me que devo partilhar com ela a minha opinião sobre o tema, na tentativa de a ajudar a esclarecer as suas duvidas.


Ao contrário do que somos educados a dizer e a sentir a verdade é que todos sentimos ciúmes. Dizem-nos que o ciúme é um veneno, que a desconfiança é uma falta de respeito, e que o sentimento de posse é um desprezo pela liberdade do outro. Todas estas coisas podem ser giras quando não há amor.

O ciúme é apenas o princípio do amor. O amor começa com ele, vai piorando, e torna-se melhor à medida que a relação avança. Para haver amor, é preciso um mínimo de desconfiança. Mas somos educados a dizer que devemos confiar um no outro, a não perguntar porque é que se chegou tarde, a não se suspeitar. Não se pode confiar em ninguém, mesmo nas pessoas de absoluta confiança.

Confiar, não ter ciúmes, significa achar o outro incapaz, indesejável ou incapaz de desejar. Desconfiar de quem se ama significa dizer, de uma maneira perversa mas verdadeira: "Se calhar estarias melhor com outra pessoa, mas eu com outra pessoa, estaria sempre pior"

Quem tem ciúmes tem medo de perder. E quem tem medo de perder obviamente preza o que tem. Logo ter ciúmes de alguém é dar-lhe o justo valor. Não ter é a mesma coisa que desprezar. Só que no amor não se podem confessar todos os ciúmes, pelo menos aqueles que por vezes temos sem qualquer razão de ser.

Também não se pode controlar excessivamente ninguém, porque está mais que provado que quem se convence que está preso decide por alguma razão absurda... fugir. É a natureza humana. O controlo não pode ser aberto, tem que ser secreto.

É preciso gostar muito de alguém para dedicar tempo e atenção ao seu controlo eficaz. Quando se ama alguém a ideia de deixá-lo em liberdade é torturante. Não conseguimos compreender porque é que toda a gente não está apaixonada por quem amamos - devem estar a fingir - pensamos nós !!!

E vocês, o que pensam sobre o ciúme?

Num quinto andar, há uma luz difusa...
Há o amor no ar, e no ecrãn uma fita...
O chão... não há, e alguém suplica:
Ama-me!!! ama-me!!! ama-me!!!
É um caso de amor total...
Diria até, talvez... espiritual!!!
É patológico!!! abstracto!!! Humano!!!
Erótico!!! Químico!!! Lúcido!!! (Lúcido???)
E podes acreditar que eu continuo a amar-te...
Vou-te amar, estás a ouvir?

Então...

Era uma vez... um cigarro...
Que não queimei... ocupado...
O amor é mais, muito mais forte...
E agora: hum!!!
Depois: oh!!!
Era uma vez... e era mais...
Mais, muito mais...
Era uma vez...

Ai se eu pudesse abraçar-te agora e conseguisse parar o tempo...
Para não ter que te ver partir...


Gosto quando chego... dás-me um beijo na porta da entrada... depois abraças-me... e do teu jeito levas-me e atiras-me para o sofá.

Gosto quando com segundas intenções, te deitas no meu peito, e brincas sem respeito com a tua mão pelo meu corpo.

Gosto de rolar pelo chão, depois fugir para a varanda, ver então o teu olhar a implorar, e eu a negar-te o meu amor. Gosto quando sais da cozinha, e corres para o chuveiro, e aí na água quente é impossível te negar...

Gosto quando vamos para o quarto conversar sobre nós dois, e passo as mãos pelo teu cabelo, brinco com a tua pele, e não deixo nada para depois... Gosto quando me olhas com ternura, e me tocas com carinho, dividindo o cobertor, espreguiças-te e dizes-me baixinho...

"Boa noite meu amor"

Porque será que sinto perder-te...
Quando passa um dia, uma manhã em que não te escuto?

Sinto saudades do que ainda não vivi contigo...
Sinto saudades do que não fizemos juntos...
De tudo que não trocamos...
Das coisas simples que nunca vivemos...
Sinto tantas saudades tuas...
Que acabo com saudades de mim...
Sinto saudades do que ainda viveremos...

Adoraria ter-te aqui comigo, para juntos passearmos...
De mãos dadas... abraçados...