
Quando num relacionamento começa a deixar de haver diálogo, o distanciando vai aumentando, e pior do que isso, é que se vão criando alucinações mentais, do tipo, "eu acho que ele não gosta daquilo", ou "eu acho que ela me enganou". Quanto menos diálogo houver numa relação, maior é a distância.
Há diversas formas de estabelecer o diálogo. Pode ser através de olhares... de palavras... ou de atitudes. Quando o medo de conversar cresce na relação, com o passar do tempo, vão-se corroendo os sentimentos e a união.
Muitas vezes, quando se resolve falar, acaba-se por se descobrir que já se está a viver em mundos tão distantes e tão diferentes que já é tarde demais, porque o amor foi sufocado pelo veneno da mentira, da hipocrisia, e até da omissão.

Isto não nos tornará pessoas livres de cometermos erros. Todos nós tomamos atitudes erradas em alguma fase da vida. Quando estamos comprometidos com a verdade, tudo vale a pena, tudo pode ser superado, tudo pode ser perdoado.
A verdade é o maior segredo, o mais precioso tesouro, e o melhor alicerce para manter o amor. Não é possível existir e fazer com que a nossa vida exista, se vivermos num emaranhado de omissões, enganos, e farsas.
Por mais difícil e doloroso que possa parecer, esta é a única forma de vivermos, de sermos nós mesmos, e de sermos felizes.
Divagando sobre: About Last Night, amor

Os sonhos são assim mesmo, só se tornam realidade quando acreditamos neles durante muito tempo e nunca desistimos, mesmo quando tudo à nossa volta se desmancha como um baralho de cartas e a realidade é o oposto do que desejamos. E tu sempre foste o meu sonho, a metade da laranja, que eu queria que acertasse para sempre com a minha metade, como se precisasse de ti para ser feliz.
Só percebi isso um destes dias em que me olhei ao espelho... Não sei quando nem como isso aconteceu, nem sequer se dependeu ou não de mim, mas houve um dia em que vi no espelho a vida mudar diante dos meus olhos e a partir desse momento ganhei uma paz nova e desconhecida que nunca mais me abandonou.

É que às vezes bastam mesmo dois segundos e não mais...
Para se mudar de vida e se ser feliz...
Divagando sobre: About Last Night, amor

Espera só um momento... deixa que o silêncio perpetue os nossos momentos de perfeição, a comunhão das nossas almas em noites passadas em claro, em conversas ligadas por um fio invisível, o fio do desejo, daquele desejo que o tempo não mata, só ajuda a cimentar.
Espera só mais um instante... até que a tua memória grave os nossos momentos. Guarda bem estes instantes, num lugar qualquer entre a tua cabeça e o teu coração, e espera que o tempo te diga que o nosso amor é que te dá sentido à vida.
Espera, não partas ainda... o dia ainda não acordou... a noite é enorme, e é nossa, e só nossa. Está escuro no nosso quarto, mas eu nunca vi tanta luz, uma luz que sai dos teus olhos, das tuas mãos entrelaçadas nas minhas, da tua voz, e do teu sorriso. A luz envolve-nos, e eu fecho os olhos e de repente o passado passa todo pela minha cabeça como num filme acelarado para logo regressar ao presente e ficar a imaginar o nosso futuro.
Espera só mais um ou dois minutos... eterniza este abraço, grava-o na tua memória para que amanhã e depois, e depois ainda, o possas sentir outra vez, e ele te faça saber amada e desejada.
Espera ainda... não deixes que te falem de mim, não oiças o que os outros dizem, eles não estão no meio de nós, ninguém está no meio de nós, só nós é que estamos aqui, a vida que vivemos é a nossa vida, e não a que os outros querem que seja.
Guarda-me bem perto de ti... sempre perto, que eu serei sempre um sorriso, e uma festa no teu cabelo, e a minha presença certa e segura, vai-nos trazer sempre o som das nossas conversas, a temperatura das nossas mãos entrelaçadas uma na outra, o sabor da minha boca na tua, o meu olhar dentro do teu, e nunca te sentirás uma pessoa normal, igual às outras, porque é agora que tudo pode acontecer de outra forma, e a vida pode transformar-se naquilo que sempre sonhaste...
Divagando sobre: About Last Night, amor
Quanto mais longe mais perto me sinto de ti, como se os teus passos estivessem aqui ao pé de mim, e eu pudesse seguir-te, falar-te, e dizer-te o quanto te amo, e como te procuro, no meio de uma destas ruas em que te vejo, zangada de saudade, no céu claro... no dia quente...
Devolve-me a minha vida e o meu tempo. Diz qualquer coisa a este coração palerma que não sabe nada de nada, que julga que andas aqui por perto, e chama sem parar por ti.
Devolve-me a minha vida e o meu tempo. Diz qualquer coisa a este coração palerma que não sabe nada de nada, que julga que andas aqui por perto, e chama sem parar por ti.
Divagando sobre: Pedaços de mim, Pedaços de Nós

Gosto da tua boca e do teu cabelo... da tua voz... do teu sorriso aberto... dos teus beijos... dos teus abraços... dos teus braços à volta dos meus... das nossas cabeças encostadas... Gosto de te ver junto ao meu peito a contar as batidas do meu coração... de sentir que estás sempre perto... e sempre estarás... que vives cá dentro.
Gosto de saber que afinal vale a pena acreditar que um dia a paz acabará por chegar, que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de ti...
E então já não sou eu, somos nós... cada momento é nosso, e só nosso, e quando me apertas nos braços, só me apetece rir e chorar, porque sinto que partilhamos do mesmo segredo, do mesmo sonho, e do mesmo projecto.
Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti, e espera sem esperar a cada dia que passa, que este nosso amor imenso resista ao tempo, resista ao mundo, resista a tudo e não precise de mais nada a não ser de TI... Porque tu que és princípio e o fim, que estás no meio de tudo, que atravessas a vida de mão dada comigo, tu de quem eu gosto, gosto, gosto...
Mas espera, espera um pouco ainda, espera... porque a espera é o tempo de deixar crescer aquilo que há-de ser, e é sempre pouco, quando se tem tanto para dar... e receber...
E cada minuto que passa é só mais uma etapa da nossa vida...
Divagando sobre: About Last Night, amor

Não sei há quantos dias ando nisto. Quando se perde a cabeça, devia era dizer-se quando se perde o coração, porque este é o primeiro a perder-se, perde-se a noção do tempo e do espaço, e os dias são intermináveis até a tua presença os apaziguar.
E acredita, sinto uma espécie de poder que só sente quem ama e se entrega, quem dá sem pensar em receber, para quem os gestos e os sentimentos só servem para amar. Dizem que isto não dura sempre, que a paixão é um estado que diminui um homem, e o escraviza ao desejo, e aos sentidos, mas se assim for, não deixa de ser a melhor coisa do mundo.
Vivo, respiro, durmo, e alimento-me de paixão. Olho à minha volta, e vejo-te em todos os cantos, a tua voz paira no ar a chamar-me baixinho e a dizer quero-te, quero-te, quero-te... e é por isso, meu amor, que não sei há quantos dias, meses, anos, me perdi em ti, e neste amor.
Já me eclipsei, e tornei-me invisível, porque só vivo e respiro através de ti, entraste-me para o sangue, vives dentro do meu corpo, e adormeces todas as noites na minha alma. E acredita, meu amor, nem me vou lembrar do tempo em que estive longe de ti, porque não existia, não sentia, nada fui quando não estiveste ao meu lado...
O verdadeiro amor é aquele que resiste ao tempo, e sobrevive às dúvidas
Divagando sobre: About Last Night, amor
Já vai para 15 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Aqui, qualquer projecto demora 2 anos a concretizar-se, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (portugueses, brasileiros, americanos, australianos, asiáticos, etc) ficamos aflitos para obter resultados imediatos, numa ansiedade generalizada.
Porém, o nosso sentido de urgência não surte qualquer efeito neste país. Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões e ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no fim, acaba por dar tudo certo no tempo deles, com a maturidade da tecnologia e da necessidade. Aqui, muito pouco se perde.
Alguns dados interessantes:
1. O país é cerca de 3 vezes maior que Portugal
2. O país tem 2 milhões de habitantes
3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Lisboa, tem 1 milhão)
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia...
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Vale a pena salientar que não conheço um povo que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar-vos uma breve história, só para vos dar uma noção...
A primeira vez que fui para lá, em 1990, um dos colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Era Setembro, frio, e a neve estava presente. Chegávamos bem cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro...
Depois, com um pouco mais de intimidade, uma manhã perguntei-lhe:
- Tem lugar marcado para estacionar aqui? Chegamos sempre cedo, o estacionamento está vazio e você deixa o carro na ponta do parque.
Ele respondeu-me, simplesmente, assim:
- É que, como chegamos cedo, temos tempo para caminhar. Quem chegar mais tarde já vem atrasado, precisa de ficar perto da porta. Você não acha?
Nesse dia, percebi a filosofia sueca de cidadania! Serviu também para rever os meus conceitos. SLOW vs FAST. Há um grande movimento na Europa hoje, chamado SLOW FOOD. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem a sua sede em Itália. O que o movimento SLOW FOOD prega, é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" a sua confecção, no convívio com a família, com os amigos, sem pressas e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do FAST FOOD e tudo o que ele representa como estilo de vida, em que o americano "endeusificou".
A surpresa, porém, é que esse movimento SLOW FOOD serve de base a um movimento mais amplo chamado SLOW EUROPE, como salientou a revista Business Week numa das suas edições europeias. A base de tudo, está no questionar da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraponto à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35h/semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade crescer nada menos que 20%. Esta chamada "slow atitude" está a chamar a atenção, até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, esta "atitude sem-pressa" não significa, nem fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, trabalhar com mais "qualidade", mais "produtividade", mais perfeição, maior atenção aos pormenores e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e real, em contraste com o "global" - indefinido e anónimo.
Significa a retoma dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho melhor, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde os seres humanos felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria que pensassem um pouco sobre isto. Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou "A pressa é inimiga da perfeição" já não merecem a nossa atenção, nestes tempos de loucura desenfreada? Será que a nossa empresa não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa", para aumentar a produtividade e qualidade dos nossos produtos e serviços, sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
Algumas pessoas correm atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando morrem de enfarte. Para outros, o tempo demora a passar. Ficam ansiosos com o futuro e esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe. TEMPO, todos temos por igual. Ninguém tem mais, nem menos, que 24 horas por dia. A diferença está no que cada um faz do seu tempo. Precisamos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida, é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".
Parabéns por teres lido até o fim. Muitos não leram esta mensagem até ao fim, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo "globalizado". Pensa, e pondera até que ponto vale a pena deixar de disfrutar a família, ou os amigos. Deixar de estar com a pessoa amada, ou passear na praia no fim de semana.
Amanhã, poderá ser tarde demais.
Porém, o nosso sentido de urgência não surte qualquer efeito neste país. Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões e ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no fim, acaba por dar tudo certo no tempo deles, com a maturidade da tecnologia e da necessidade. Aqui, muito pouco se perde.
Alguns dados interessantes:
1. O país é cerca de 3 vezes maior que Portugal
2. O país tem 2 milhões de habitantes
3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Lisboa, tem 1 milhão)
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia...
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Vale a pena salientar que não conheço um povo que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar-vos uma breve história, só para vos dar uma noção...
A primeira vez que fui para lá, em 1990, um dos colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Era Setembro, frio, e a neve estava presente. Chegávamos bem cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro...
Depois, com um pouco mais de intimidade, uma manhã perguntei-lhe:
- Tem lugar marcado para estacionar aqui? Chegamos sempre cedo, o estacionamento está vazio e você deixa o carro na ponta do parque.
Ele respondeu-me, simplesmente, assim:
- É que, como chegamos cedo, temos tempo para caminhar. Quem chegar mais tarde já vem atrasado, precisa de ficar perto da porta. Você não acha?
Nesse dia, percebi a filosofia sueca de cidadania! Serviu também para rever os meus conceitos. SLOW vs FAST. Há um grande movimento na Europa hoje, chamado SLOW FOOD. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem a sua sede em Itália. O que o movimento SLOW FOOD prega, é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" a sua confecção, no convívio com a família, com os amigos, sem pressas e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do FAST FOOD e tudo o que ele representa como estilo de vida, em que o americano "endeusificou".
A surpresa, porém, é que esse movimento SLOW FOOD serve de base a um movimento mais amplo chamado SLOW EUROPE, como salientou a revista Business Week numa das suas edições europeias. A base de tudo, está no questionar da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraponto à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35h/semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade crescer nada menos que 20%. Esta chamada "slow atitude" está a chamar a atenção, até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, esta "atitude sem-pressa" não significa, nem fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, trabalhar com mais "qualidade", mais "produtividade", mais perfeição, maior atenção aos pormenores e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e real, em contraste com o "global" - indefinido e anónimo.
Significa a retoma dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho melhor, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde os seres humanos felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria que pensassem um pouco sobre isto. Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou "A pressa é inimiga da perfeição" já não merecem a nossa atenção, nestes tempos de loucura desenfreada? Será que a nossa empresa não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa", para aumentar a produtividade e qualidade dos nossos produtos e serviços, sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
Algumas pessoas correm atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando morrem de enfarte. Para outros, o tempo demora a passar. Ficam ansiosos com o futuro e esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe. TEMPO, todos temos por igual. Ninguém tem mais, nem menos, que 24 horas por dia. A diferença está no que cada um faz do seu tempo. Precisamos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida, é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".
Parabéns por teres lido até o fim. Muitos não leram esta mensagem até ao fim, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo "globalizado". Pensa, e pondera até que ponto vale a pena deixar de disfrutar a família, ou os amigos. Deixar de estar com a pessoa amada, ou passear na praia no fim de semana.
Amanhã, poderá ser tarde demais.
Não sei de quem é o autor deste texto, mas achei-o tão cheio de conteúdo e interesse que me apeteceu partilhá-lo com vocês.
Divagando sobre: felicidade, Pedaços de Nós
Será assim tão difícil encontrar a nossa verdadeira natureza?
33 Divagaram com - Å®t Øf £övë - sexta-feira, julho 14, 2006
O tempo foi passando, e de alguma forma fui-me aproximando dos blogs. No inicio em segredo, depois querendo que fossem sabendo da minha existência, e o meu interesse foi aumentando à medida que ia crescendo o número de letrinhas aqui alinhadas... e assim nasceu o "About Last Night" que hoje completa o 2º ano de existência.
Por isso vamos lá todos soprar as velinhas...
Sinceramente nunca percebi se devemos festejar ou tentar esquecer a passagem de mais um ano. Se por um lado, um ano pode trazer uma nova esperança, por outro, ele pode servir para recordar aquilo que não fizemos, e as coisas que não vivemos. É por isso que às vezes a alegria, é uma alegria ambígua.
Ao longo destes dois anos sorri, brinquei, por vezes senti-me triste com o que li nas visitas que fui fazendo a blogs amigos... muitas vezes a horas proibitivas da noite, e fui deixando que me imaginassem outro, que me sonhassem, que não vissem a totalidade do que sentia. É tão fácil existir assim... eu sou tudo o que vocês quiserem, tudo o que conseguirem interpretar daquilo que aqui vou escrevendo.
Na generalidade somos todos iguais. Buscamos as mesmas coisas. É incrível como tantas vezes nos camuflamos debaixo duma capa que não deixa que ninguém nos veja realmente. Procuramos as estrelas, mas não vemos o céu. Queremos conhecer o universo, quando nem nos conhecemos a nós próprios. As coisas não fazem sentido, e então tentamos escrever o que nos vai na alma, mas apesar disso, não saímos da roda das coisas fúteis em que estamos metidos.

Mas afinal porque se escreve? Ninguém sabe...
E para quem se escreve? Quase nunca se diz...
Então porque escrevemos?
Se corremos sempre o risco de publicar textos que causam o efeito "ramo de noiva"... viramo-nos de costas e atiramos com os olhos fechados, e depois há sempre uns quantos saltar com as mão no ar a pensar que o fizemos especificamente para eles...
Escreve-se porque se acha que ninguém nos ouve... porque a loucura anda por perto... e escrever é uma forma de a distrair.
Escreve-se porque sim... e porque também...
Escreve-se quando não se pode fazer mais nada...
Escreve-se porque nos salva do cansaço e do desencanto, que a vida nos empresta através da solidão e do silêncio.
Escreve-se porque as palavras mandam mais do que nós.
Escreve-se porque o tempo que passamos a lutar pelas palavras, é o tempo em que estamos com os nossos pensamentos.
Escreve-se para se vencer o medo, para tocar no coração daqueles que gostamos, para esquecer aqueles que não nos souberam amar, e para que o mundo não nos passe ao lado.
Aqui tenho escrito sentimentos bons e maus, antigos e recentes, parvos e inteligentes, inspirados e cansados. Sempre aqui fui falando de tudo o que me foi passando pela cabeça, como mais me apetecia, sem pensar agora dois anos depois o que poderia sentir ao relê-los.
Nunca me levei demasiado a sério. Continuo a sentir-me um miúdo. É verdade que estou mais sensato, mais ponderado, mais maduro. Mas como costumo ouvir dizer, as pessoas a partir de uma certa idade escolhem a idade que querem ter, e eu escolhi ficar entre a adolescência e a maioridade.
Ao longo destes dois anos sorri, brinquei, por vezes senti-me triste com o que li nas visitas que fui fazendo a blogs amigos... muitas vezes a horas proibitivas da noite, e fui deixando que me imaginassem outro, que me sonhassem, que não vissem a totalidade do que sentia. É tão fácil existir assim... eu sou tudo o que vocês quiserem, tudo o que conseguirem interpretar daquilo que aqui vou escrevendo.
Na generalidade somos todos iguais. Buscamos as mesmas coisas. É incrível como tantas vezes nos camuflamos debaixo duma capa que não deixa que ninguém nos veja realmente. Procuramos as estrelas, mas não vemos o céu. Queremos conhecer o universo, quando nem nos conhecemos a nós próprios. As coisas não fazem sentido, e então tentamos escrever o que nos vai na alma, mas apesar disso, não saímos da roda das coisas fúteis em que estamos metidos.

Mas afinal porque se escreve? Ninguém sabe...
E para quem se escreve? Quase nunca se diz...
Então porque escrevemos?
Se corremos sempre o risco de publicar textos que causam o efeito "ramo de noiva"... viramo-nos de costas e atiramos com os olhos fechados, e depois há sempre uns quantos saltar com as mão no ar a pensar que o fizemos especificamente para eles...
Escreve-se porque se acha que ninguém nos ouve... porque a loucura anda por perto... e escrever é uma forma de a distrair.
Escreve-se porque sim... e porque também...
Escreve-se quando não se pode fazer mais nada...
Escreve-se porque nos salva do cansaço e do desencanto, que a vida nos empresta através da solidão e do silêncio.
Escreve-se porque as palavras mandam mais do que nós.
Escreve-se porque o tempo que passamos a lutar pelas palavras, é o tempo em que estamos com os nossos pensamentos.
Escreve-se para se vencer o medo, para tocar no coração daqueles que gostamos, para esquecer aqueles que não nos souberam amar, e para que o mundo não nos passe ao lado.
Aqui tenho escrito sentimentos bons e maus, antigos e recentes, parvos e inteligentes, inspirados e cansados. Sempre aqui fui falando de tudo o que me foi passando pela cabeça, como mais me apetecia, sem pensar agora dois anos depois o que poderia sentir ao relê-los.
Nunca me levei demasiado a sério. Continuo a sentir-me um miúdo. É verdade que estou mais sensato, mais ponderado, mais maduro. Mas como costumo ouvir dizer, as pessoas a partir de uma certa idade escolhem a idade que querem ter, e eu escolhi ficar entre a adolescência e a maioridade.

Aqui tenho partilhado alguns dos momentos mais importantes da minha vida... tristezas, ausências, alegrias, sonhos e pesadelos, bocados de uma vida que se repete um pouco por todo o lado. Sentimentos e situações que passam um pouco por todas as vidas.
Através das palavras percebi que não há nada melhor do que dar e partilhar. Sempre acreditei que tudo o que é dado perde-se... e que tudo o que é partilhado não mais se esquece.
Por isso o "About Last Night" é de todos vocês que me têm acompanhado ao longo destes dois anos, estejam próximos ou longínquos, porque na verdade estou muito grato a todos que fazem o favor de o ler, porque ele é escrito com pedaços da minha pele...
Obrigado a todos
Divagando sobre: About Last Night, efemérides
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