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Sofrer é fodido porque o amor é fodido.
Mas como foder o sofrimento?
Fazendo sofrer os outros?
Já experimentei.
Não resulta!!!...

Houve um silêncio, e a porta abriu-se. Ela apareceu, e convidou-me para entrar. Fomos para a sala, e ela reagiu um pouco como se não soubesse o que dizer ou fazer, estava estranhamente insegura.

Começou por fazer perguntas do género - Estás bom? - e começamos a falar sobre temas banais. Mas como não foi para isso que eu tinha ido lá, decidi interromper a conversa, e tentar esclarecer um monte de coisas que tinha por esclarecer há muito tempo.


Å®t Øf £övë - É melhor começarmos a falar sobre o que se passou, não achas?
(fez-se silêncio...)

Dä®k Añgë£ - Sim é melhor, queres começar tu?
(mais uma vez ela estava com medo de tomar a iniciativa para começar uma conversa. Que nervos que aquilo me metia...)

Å®t Øf £övë - Está bem...
(respirei fundo e comecei)
Eu gostava de começar por te dizer que estou muito triste, talvez porque depois de tudo o que aconteceu, eu estava à espera da mulher corajosa que eu conheci e admirava e ela não apareceu. Passaram-se tantas coisas, e sofremos tanto... parece que me deitaste fora, e nem sequer te dignaste a dizer-me uma palavra.

Dä®k Añgë£ - Eu não queria que fosse assim, só que aconteceu, e eu não pude evitar. A minha vida modificou-se, e daquilo que eu era nada mais restou. Eu perdi-me, e sobrevivo sem saber se ainda acredito no amor.

Å®t Øf £övë - Pelo menos podias ter-me dito alguma coisa, não achas?

Dä®k Añgë£ - O tempo foi passando... e a coragem faltando... quantas vezes eu pensei em dizer-te que o meu amor por ti não mudou.... mas o meu silêncio foi maior...

Å®t Øf £övë - Fazer as coisas custa! Era bom que não tivéssemos que sofrer para conseguir aquilo que queremos. Infelizmente isso nem sempre é possível, e na minha opinião, sofrer é duro, mas pior é não conseguirmos vencer os nossos medos.

Dä®k Añgë£ - Eu sei, falar é fácil, mas tu também não consegues fazer isso!

Å®t Øf £övë - Mas pelo menos tento!

Dä®k Añgë£ - Muito bem, e isso serve-te para quê? Para nada!

Å®t Øf £övë - Olha, vou ser muito sincero contigo. Tenho tido muitas saudades tuas... saudades dos nossos encontros, dos nossos beijos, das nossas conversas, de sermos felizes, de tu gostares de mim, e eu gostar de ti. Só que agora parece que tudo acabou, e o nosso amor deixou de existir.

Dä®k Añgë£ - Ouve...

Å®t Øf £övë - Espera deixa-me acabar. Houve uma altura em que eu julguei que podiamos ser felizes... pelo menos eu achava que sim...

Dä®k Añgë£ - É verdade eu também senti isso...

Å®t Øf £övë - Desde esse tempo mudaste muito, e eu queria somente que continuasses a ser tu própria mais nada...
(ela voltou a interromper)

Dä®k Añgë£ - Eu só queria dar um pouco de espaço à nossa relação. Quis distanciar-me, guardar-me, tentar o que nunca consegui, e se calhar nunca consegui porque nunca tive a coragem de tentar, que era afastar-me de ti. Procurei outras pessoas, outras coisas, percebes?

Å®t Øf £övë - Percebo o que tu dizes, mas não a razão de ter de ser assim...

Dä®k Añgë£ - Eu nunca te quis magoar, só que aconteceram algumas coisas que me fizeram mudar.

Å®t Øf £övë - Isso sei eu. Desde os tempos em que nos deixamos de ver, muitas coisas se passaram. Eu sei que também te magoei.

Dä®k Añgë£ - Eu não estou chateada contigo, só que andava um bocado cansada de tudo, e queria parar um bocado para descansar.

(continua)

A morte é sem dúvida motivo de preocupações. Negá-la como facto é difícil. Admitir as perplexidades que a cercam é quase uma virtude. Querer fugir à realidade de que, ela assusta, é arriscado.

A morte amedronta?

Alguém sempre me dizia: "Se a morte é descanso, prefiro viver cansado". Eu ria, mas, percebi que, de facto, a morte é, existe e representa, sim, a única e definitiva certeza da vida. Por isso prefiro falar e pensar nela através da poesia, porque assim a morte fica até um pouco mais bonita, mais desejada, mais compreensível, e mais aceitável...

A morte, essa descrença enganosa,
esse medo connosco desde o nascimento,
quase crónica doença,
perde todo o seu segredo
só quando chega o momento
de com ela conviver.

Parece, então, corriqueira,
a verdade verdadeira,
do seu lugar neste mundo:
- Não é feia, indesejada,
não se ama nem se odeia!
É um conselho fecundo
e mais uma companheira
connosco junto, na estrada
que às vezes cansa ou enleia!

Ah! a morte!
É ponte, meio ou passagem
onde termina a viagem
por estes páramos plebeus.
Para os bons, é a certeza
do encontro da realeza
no doce aconchego de Deus.

Não conhecia pessoalmente o Fernando Bizarro, do blog Fraternidade, apenas trocámos alguma correspondência através de e-mail, mas tinha-o como um Amigo aqui da blogosfera, e é sempre dolorosa a partida de um Amigo, principalmente quando essa partida é efectuada de uma forma irreversível – o seu desaparecimento físico. Então, nada mais nos resta senão honrar a presença da sua memória...

Dia 23 de Maio foi seguramente um dia triste para mim...

Na nossa vida, às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.

Outras vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem a dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhum pormenor, deixar tudo bem claro para que não restem dúvidas, e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.

E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração a bater desordenadamente, é preciso acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar, e esperar, esperar que ele se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade...

Cheguei ao prédio dela, e fiquei à porta a pensar como é que ia começar a conversa. Esperei um bocado que o tempo passasse. Suspirei, respirei fundo, andei para trás e para a frente várias vezes. Estive quase a tocar à campainha, mas no último momento não toquei. Até que de repente fartei-me, deixei de pensar e simplesmente toquei.

Quem é? - perguntou uma voz pouco depois.
Sou eu - respondi. A porta abriu-se em seguida.


Apanhei o elevador, e à medida que me ia aproximando do piso onde fica o apartamento dela, ia-me sentindo estranhamente desconfortável. Fiquei cheio de esperança de ver de novo aqueles olhos grandes e brilhantes...

(continua)

Um dia, em certo momento da nossa vida, olhamos para o espelho e vemos que não conhecemos a pessoa que ele reflecte.
"Quem é este?" - perguntámos.
Na nossa vida, surge então, em forma de pergunta, a resposta:
"Quem decide a tua história pessoal? O amor se o quiseres. A tristeza, se a deixares" - grita forte o coração.
Quando ouvimos o grito (e é impossível não o ouvir pelo menos uma vez na vida) decidimos se o queremos seguir, ou se o vamos ignorar.
Se o ignoramos, passamos a fazer aquilo que quisermos, e a viver como entendermos por bem.
Se o ouvirmos, percebemos a nossa missão, e vemos os passos a dar para a cumprir.

Há a ideia de que os homens se conquistam pelo estômago. Esta expressão sempre me tirou o apetite, e não pensem que não sei cozinhar. Para mim o prazer da comida é tão bom como o de ser comida.

Alimentar o próximo é uma das missões do ser humano, e eu contribuo sempre que posso...

Gosto de cozinhar e de descobrir nas coisas mais simples o segredo para grandes resultados. Como no sexo? Sim, como no sexo. É como deixar o soutien abaixo do peito sem nunca o tirar completamente, costuma funcionar bem...

Tal como julgo que ninguém nasce mais ou menos dotado para a prática do sexo, também me parece que na cozinha é tudo uma questão de empenho e imaginação. Os homens já não se conquistam pelo estômago, e muitos até já só se deixam conquistar pelas bocas... de silicone.

Não condeno ninguém, mas lembro-me de uma amiga minha, que chegava a casa depois do trabalho, e ia cozinhar "para o resto da semana". Acabou gorda e abandonada. Ao passar a ser o prato mesmo forte do homem que ela gostava, ele não resistiu à fraqueza da carne alheia. Lá a deixou com mais doze quilos, e o dobro das estrias. Felizmente ela de tanto sofrer emagreceu. Ainda o cheguei a ouvir dizer: "Quando a conheci ela usava minissaia"

Sou tão contra isto, como contra as mulheres que deixam os namorados morrer à fome a partir do segundo ano de convivência sexual. As enxaquecas (metade da palavra é mentira) passam a ser a ementa repetitiva da relação, e sabemos que ninguém gosta de comer sempre a mesma coisa... quanto mais não comer!!!

Falta de educação à mesa também não tolero. Que não acabem a refeição para se deliciarem comigo, é uma coisa, agora que me perguntem pela carne depois de terem comido peixe, é que já não aguento. Pessoalmente fico muito contente cada vez que um homem me mostra que sabe usar as mãos na cozinha. Quando ele engordar nunca o irei chatear com a história da minissaia...

Gosto de observar os homens casados. Gosto de os ouvir bater com a aliança na mesa enquanto me ouvem... enquanto os ouço. Gosto de homens que não são casados comigo, e a quem nunca terei que dizer - "Ou ela, ou eu!". Gosto também de lhes tirar a aliança com a boca... isto é na parte em que já não estamos a conversar à mesa...

Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.

Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado"
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?"

Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação. Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.

Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...

Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha. Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!

Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto... Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.

- "E o sexo?" - alguém me perguntou. O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora. Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?

Todos os dias são dias da Mãe
É uma palavra perfeita,
Mãe
E como tantas outras que reúnem o essencial da vida só precisa de três letras para ser enorme...

Mãe como Sol
Mãe como Lua
Mãe como Mar
Mãe como Céu

Mãe, Mãe, Mãe, que nem sempre é a primeira palavra que se diz, mas que é a primeira que se tem, que se sente, que se ama, que se decora, que nos acompanha e protege.

Mãe sem hora nem tempo
Mãe tantas vezes cansada, mas sempre vigilante
Mãe sempre viva, sempre atenta e sempre próxima
Mãe forte
Mãe querida
Mãe que ensina
Mãe que ajuda
Mãe que protege
Mãe quase eterna
Mãe quase perfeita

Mãe, Mãe, Mãe, a eternidade é isto, viajar no sangue dos filhos para novas vidas, sempre amando e protegendo, sempre sonhando e querendo.

Mãe, Mãe, Mãe...

O fruto do amor é a vida. E é por vivermos num mundo que nega a vida de milhões de pessoas para assegurar o requinte de uns poucos, que somos convocados a fazer das nossas vidas alimentos para que outros tenham vida.

A solidariedade nasce da gratuidade e, portanto, da espiritualidade. Podemos ir em direcção aos outros movidos por ambições de poder, busca vaidosa de reconhecimento e outros impulsos egocêntricos.

O desafio é criar uma cultura de solidariedade capaz de nos impelir misticamente na direcção dos outros, sobretudo dos excluídos, privados involuntária e injustamente dos bens essenciais à sobrevivência e à dignidade humana.

A tarefa que temos pela frente, é saber criar relações sociais solidárias, combatendo os vícios egocêntricos que nos moldam, homens e mulheres - esvaziados de nós mesmos - mas plenos de amor. Temos que assumir a nossa verdadeira identidade, a de sermos seres vocacionados para o amor e a solidariedade...

No seguimento de um desafio que a minha amiga
Adryka me colocou, vou deixar-vos aqui uma história de solidariedade, que é bem um exemplo, de que cada um de nós colhe o que planta...

O nome dele era Fleming, e era um pobre fazendeiro escocês.
Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida e o sustento para a sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro que vinha de um pântano nas proximidades.
Largou as suas ferramentas e correu para lá.

Quando lá chegou, encontrou enlameado até à cintura um menino que gritava, e que tentava escapar à morte.
O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chegou à humilde casa do escocês.

Um nobre elegantemente vestido sai e apresenta-se como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha salvo.
"Eu quero recompensá-lo", disse o nobre." Você salvou a vida do meu filho".
"Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz", responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta.

Naquele momento, o filho do fazendeiro apareceu à porta do casebre..."É seu filho?" perguntou o nobre.
"Sim" respondeu o fazendeiro orgulhosamente.
"Então eu faço-lhe uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como o pai, quando crescer, vai ser um homem do qual você terá muito orgulho".
E foi o que ele fez.

Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming formou-se no "St.Mary's Hospital Medical School" de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o descobridor da Penicilina.
Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia.
O que o salvou? - Penicilina.
O nome do nobre? - Senhor Randolph Churchill.
O nome do filho dele? - Senhor Winston Churchill!!!

É de exemplos de belos gestos como este que vive o mundo, e não de gestos de guerra, de violência, e de agressão.
Este desafio que a
Adryka me colocou, consiste na divulgação de uma associação humanitária ou de solidariedade social à nossa escolha, e é um daqueles desafios que não podemos ignorar, pois se as famosas correntes da blogosfera servem para nos conhecermos melhor, estas poderão ser aquelas alturas em que o nosso lado solidário mais se evidencia.
Por isso quero divulgar a Associação de Solidariedade Social
"Ajuda de Berço", e passar este desafio solidário para que outros bloggers lhe dêem seguimento.
Os bloggers que escolho para dar seguimento a esta iniciativa são os seguintes:

À Alyia, à Miosotis, à Paty, à Dulcineia, e à Carlinha