Houve um silêncio, e a porta abriu-se. Ela apareceu, e convidou-me para entrar. Fomos para a sala, e ela reagiu um pouco como se não soubesse o que dizer ou fazer, estava estranhamente insegura.
Começou por fazer perguntas do género - Estás bom? - e começamos a falar sobre temas banais. Mas como não foi para isso que eu tinha ido lá, decidi interromper a conversa, e tentar esclarecer um monte de coisas que tinha por esclarecer há muito tempo.
Å®t Øf £övë - É melhor começarmos a falar sobre o que se passou, não achas?
(fez-se silêncio...)
Dä®k Añgë£ - Sim é melhor, queres começar tu?
(mais uma vez ela estava com medo de tomar a iniciativa para começar uma conversa. Que nervos que aquilo me metia...)
Å®t Øf £övë - Está bem...
(respirei fundo e comecei)
Eu gostava de começar por te dizer que estou muito triste, talvez porque depois de tudo o que aconteceu, eu estava à espera da mulher corajosa que eu conheci e admirava e ela não apareceu. Passaram-se tantas coisas, e sofremos tanto... parece que me deitaste fora, e nem sequer te dignaste a dizer-me uma palavra.
Dä®k Añgë£ - Eu não queria que fosse assim, só que aconteceu, e eu não pude evitar. A minha vida modificou-se, e daquilo que eu era nada mais restou. Eu perdi-me, e sobrevivo sem saber se ainda acredito no amor.
Å®t Øf £övë - Pelo menos podias ter-me dito alguma coisa, não achas?
Dä®k Añgë£ - O tempo foi passando... e a coragem faltando... quantas vezes eu pensei em dizer-te que o meu amor por ti não mudou.... mas o meu silêncio foi maior...
Å®t Øf £övë - Fazer as coisas custa! Era bom que não tivéssemos que sofrer para conseguir aquilo que queremos. Infelizmente isso nem sempre é possível, e na minha opinião, sofrer é duro, mas pior é não conseguirmos vencer os nossos medos.
Dä®k Añgë£ - Eu sei, falar é fácil, mas tu também não consegues fazer isso!
Å®t Øf £övë - Mas pelo menos tento!
Dä®k Añgë£ - Muito bem, e isso serve-te para quê? Para nada!
Å®t Øf £övë - Olha, vou ser muito sincero contigo. Tenho tido muitas saudades tuas... saudades dos nossos encontros, dos nossos beijos, das nossas conversas, de sermos felizes, de tu gostares de mim, e eu gostar de ti. Só que agora parece que tudo acabou, e o nosso amor deixou de existir.
Dä®k Añgë£ - Ouve...
Å®t Øf £övë - Espera deixa-me acabar. Houve uma altura em que eu julguei que podiamos ser felizes... pelo menos eu achava que sim...
Dä®k Añgë£ - É verdade eu também senti isso...
Å®t Øf £övë - Desde esse tempo mudaste muito, e eu queria somente que continuasses a ser tu própria mais nada...
(ela voltou a interromper)
Dä®k Añgë£ - Eu só queria dar um pouco de espaço à nossa relação. Quis distanciar-me, guardar-me, tentar o que nunca consegui, e se calhar nunca consegui porque nunca tive a coragem de tentar, que era afastar-me de ti. Procurei outras pessoas, outras coisas, percebes?
Å®t Øf £övë - Percebo o que tu dizes, mas não a razão de ter de ser assim...
Dä®k Añgë£ - Eu nunca te quis magoar, só que aconteceram algumas coisas que me fizeram mudar.
Å®t Øf £övë - Isso sei eu. Desde os tempos em que nos deixamos de ver, muitas coisas se passaram. Eu sei que também te magoei.
Dä®k Añgë£ - Eu não estou chateada contigo, só que andava um bocado cansada de tudo, e queria parar um bocado para descansar.
(continua)
Começou por fazer perguntas do género - Estás bom? - e começamos a falar sobre temas banais. Mas como não foi para isso que eu tinha ido lá, decidi interromper a conversa, e tentar esclarecer um monte de coisas que tinha por esclarecer há muito tempo.
Å®t Øf £övë - É melhor começarmos a falar sobre o que se passou, não achas?
(fez-se silêncio...)
Dä®k Añgë£ - Sim é melhor, queres começar tu?
(mais uma vez ela estava com medo de tomar a iniciativa para começar uma conversa. Que nervos que aquilo me metia...)
Å®t Øf £övë - Está bem...
(respirei fundo e comecei)
Eu gostava de começar por te dizer que estou muito triste, talvez porque depois de tudo o que aconteceu, eu estava à espera da mulher corajosa que eu conheci e admirava e ela não apareceu. Passaram-se tantas coisas, e sofremos tanto... parece que me deitaste fora, e nem sequer te dignaste a dizer-me uma palavra.
Dä®k Añgë£ - Eu não queria que fosse assim, só que aconteceu, e eu não pude evitar. A minha vida modificou-se, e daquilo que eu era nada mais restou. Eu perdi-me, e sobrevivo sem saber se ainda acredito no amor.
Å®t Øf £övë - Pelo menos podias ter-me dito alguma coisa, não achas?
Dä®k Añgë£ - O tempo foi passando... e a coragem faltando... quantas vezes eu pensei em dizer-te que o meu amor por ti não mudou.... mas o meu silêncio foi maior...
Å®t Øf £övë - Fazer as coisas custa! Era bom que não tivéssemos que sofrer para conseguir aquilo que queremos. Infelizmente isso nem sempre é possível, e na minha opinião, sofrer é duro, mas pior é não conseguirmos vencer os nossos medos.
Dä®k Añgë£ - Eu sei, falar é fácil, mas tu também não consegues fazer isso!
Å®t Øf £övë - Mas pelo menos tento!
Dä®k Añgë£ - Muito bem, e isso serve-te para quê? Para nada!
Å®t Øf £övë - Olha, vou ser muito sincero contigo. Tenho tido muitas saudades tuas... saudades dos nossos encontros, dos nossos beijos, das nossas conversas, de sermos felizes, de tu gostares de mim, e eu gostar de ti. Só que agora parece que tudo acabou, e o nosso amor deixou de existir.
Dä®k Añgë£ - Ouve...
Å®t Øf £övë - Espera deixa-me acabar. Houve uma altura em que eu julguei que podiamos ser felizes... pelo menos eu achava que sim...
Dä®k Añgë£ - É verdade eu também senti isso...
Å®t Øf £övë - Desde esse tempo mudaste muito, e eu queria somente que continuasses a ser tu própria mais nada...
(ela voltou a interromper)
Dä®k Añgë£ - Eu só queria dar um pouco de espaço à nossa relação. Quis distanciar-me, guardar-me, tentar o que nunca consegui, e se calhar nunca consegui porque nunca tive a coragem de tentar, que era afastar-me de ti. Procurei outras pessoas, outras coisas, percebes?
Å®t Øf £övë - Percebo o que tu dizes, mas não a razão de ter de ser assim...
Dä®k Añgë£ - Eu nunca te quis magoar, só que aconteceram algumas coisas que me fizeram mudar.
Å®t Øf £övë - Isso sei eu. Desde os tempos em que nos deixamos de ver, muitas coisas se passaram. Eu sei que também te magoei.
Dä®k Añgë£ - Eu não estou chateada contigo, só que andava um bocado cansada de tudo, e queria parar um bocado para descansar.
(continua)
Divagando sobre: About Last Night, estórias
31 Comments:
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Percebia-se alguma perturbação entre os dois, e agora..ei-la transformada num esplêndido diálogo, vivo, enérgico, vibrante.
Beijos
A propósito, é natural q ela se tenha cansado... com noites tão 'ocupadas' como as tuas nestes blogs q se estendem pelo teu espaço :)
bjs
É uma conversa "daquelas" por que provavelmente muitos de nós já passaram! E onde se termina, ou alicersa uma relação!
*
um beijo grande e boa semana**
pelo menos tiveste a oportunidade de dialogar e esclarecer tudo!
Pode ser que um dia mais tarde essa oportunidade venha a surgir para mim mas será já tarde demais... já não sinto a necessidade dizer o que ficou "entalado" na altura....
beijinos e boa semana!
Fico sempre na dúvida se este acontecimento já se perdeu no tempo, se se encontra naquela barreira tenue entre o desejar e a realidade...se aconteceu, fico feliz, de certo modo foi um principio. Acredito que essa oportunidade tem uma razão de ser, pois ninguem vira as costas e simplesmente desaparece para depois voltar a falar como se não tivesse conhecido o passado. O universo às vezes dá uma mãozinha...
Pudesse eu ter essa oportunidade, desta vez não seria para juras de amor, mas simplesmente esclarecer magoas, recentimentos, dor e isso por vezes e suficienete para nos fazer fechar o ciclo e continuar.
Beijos e obrigado pelo teu comment
looool
bjs
Vim retribui-la, e encontro este óptimo diálogo. Seja lá o que acontecer depois só por ser possível é muito bom.
Beijo
el silencio que duele, y el dialogo gastado de necesitarse
me encanto este hermoso dialogo, algo que a veces olvidamos por correr por la vida
gracias por tus saludose en Sucesos, sintonia de amor que siempre deja hablar el alma y que a veces no se logra llegar
mil besos y mil gracais por tu compañia y que sea una bella semana, un abrazo grande
besos y sueños
Espero vir a ler algo mais...menos...triste!
Beijos Mágicos*
Abraços
CONVITE- 7 de JUNHO LISBOA
Estão todos Convidados
Dia 7 de Junho O Autor Carlos Barros, a Corpos Editora e o Clube dos Jornalistas tem o grato prazer de convidar V.Exa., família e amigos para o lançamento do Livro - VAZIO DE CORES, no jardim do Clube dos Jornalistas, no dia 07 de Junho Quarta feira, a partir das 18 horas.
na Rua das Trinas, 127, -na LAPA- Lisboa
-Vazio de Cores- será apresentado por:
- PAULINO COELHO - Programa da manhã da Radio Renascensa.
- Ex Ricardo dePinho Teixeira
Será servido um "Copo".
Vazio de Cores
" Nem sempre o que parece é, nem sempre o que é parece. São os impasses da vida, ou nem por isso que nos fazem pensar em "coisas".
O ponto de partida destes contos foram quase sempre o nada, nada mesmo.
Cada conto saiu da imaginação que me faz viver e sonhar, mas partiu sempre da primeira frase, todos eles nasceram sem destino, mas com uma vontade muito própria, ganharam vida e vontades, grande parte das vezes de um enorme vazio de ideias, mas lá se arranjava um "espacinho" para conspirar e deambular, por mais uma "estória".
As minhas duvidas sobre a minha capacidade de inventar e construir, mantém-se intactas, adoro duvidar de mim, adoro ter dúvidas, adoro descobrir que ás vezes nem eu acredito em mim, isso faz de mim um perfeito idiota, ai fica mais uma duvida qual o idiota que eu sou!
Por isso são os nadas que foram passando pela minha cabeça que estão aqui retractados, bem ou mal, cabe a quem os lê avaliar, mas atenção…"
Abraços
Hoje já deu para comentar, mas a música não pareceu, será por isso? Talvez
Veremos se esta minha tentativa de deixar um comentário resulta.
Já mais de uma vez não me foi possível, tanto aqui como no Atoardas.
Um abraço
Tens cartas na manga?
besos y sueños
beijinhos
AninhaPipoca
http://aninhaspipoca.blogspot.com/
BOM FDS ...
Bjks da Matilde
seja este diálogo real ou vitual, poderia ter acontecido ou, já aconteceu com muitos de nós, possivelmente!
Aproximo-me um pouco de palavras já aqui ditas " Esse é o princípio de tudo ... o diálogo ... depois vem a degradação..." mas não em tudo. Acho que existe sempre uma esperança!
Mas, com este tipo de afastamento, tenho as minhas reservas...
No entanto, se algo daqui fôr real, esta é uma etapa a ultrapassar e, desejo que seja bem ultrapassada. Vale sempre fazer tudo para um reencontro, seja ele breve ou por longo tempo!
Bom Fim de SEmana!
Beijos
pela escrita e pela forma como conduziste todos os momentos que descreves.
o diálogo é muito verdadeiro, digo até possível
isso é que me tocou e muito
vou continuar a acompanhar-te
beijinhos meus querido amigo e o meu abraço
lena
Beijos... muitos!
Deixo um beijo e desejo de boa semana
jinhosssssssss