Gosto de observar os homens casados. Gosto de os ouvir bater com a aliança na mesa enquanto me ouvem... enquanto os ouço. Gosto de homens que não são casados comigo, e a quem nunca terei que dizer - "Ou ela, ou eu!". Gosto também de lhes tirar a aliança com a boca... isto é na parte em que já não estamos a conversar à mesa...
Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.
Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado"
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?"
Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação. Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.
Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...
Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha. Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!
Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto... Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.
- "E o sexo?" - alguém me perguntou. O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora. Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?
Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.
Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado"
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?"
Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação. Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.
Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...
Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha. Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!
Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto... Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.
- "E o sexo?" - alguém me perguntou. O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora. Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?
Divagando sobre: Dä®k Añgë£, Pedaços de mim, Pedaços de Nós
7 Comments:
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Tu não existes, e não és comparável com ninguém... nem mesmo comigo. És o que sempre foste. Não tens comparação com nada nem com ninguém. Sempre marcaste a tua diferença e a tua posição.
Por isso sempre foste, e sempre serás: DIFERENTE!
Gosto de ti por isso mesmo!!!
Beijinhos.
O que procuramos, afinal, na vida, não é aproximarmo-nos, vivermos e sentirmos, estados de felicidade?
Se o irónico do dito destino assim quis e nós também queremos…
Pois se, nos momentos que são nossos, porque os fizemos e desejámos nossos, nos fazemos felizes, então vamos viver assim, enquanto ambos quisermos que assim seja...
Se o desejo e ele também me deseja... se algo nos liga... se a partilha dos nossos momentos é o desejo de ambos...
“Se sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?”
...
Fiquei admirada pelo amor que dizes sentir por mim!!!
Muito me honra...
Beijos pa ti
eu também era daquelas mulheres a quem nunca passou pela cabeça um homem casado poder apaixonar-se por uma outra mulher, também casada! até ao dia em que fui confrontada com uma declaração de amor descrevendo uma sensação única de amor à primeira vista e sem motivos, sem provocações, sem intenções...bastou apenas o primeiro olhar... A pricípio pensei ser uma brincadeira de mau gosto, mas com o passar do tempo percebi que era mesmo real e a única coisa que eu podia oferecer era a minha amizade...
É incrível, mas foi verdade por isso hoje não faço julgamentos sobre vidas alheias.
Beijos
Temos muito em comum...
Gosto desta"cumplicidade".
A felicidade acima de tudo... a hipocrisia da nossa sociedade abaixo do nada!
A paixão, o amor, não escolhe sexo, idade, raça e muito menos estado civil... por isso sejamos felizes...
Beijo, com essência de felicidade!
15 Agosto, 2006 03:07