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Quando o Amor surge ficamos frágeis, imaturos, assustados, felizes, e tristes. É assim que nos sentimos quando as setas do Amor cruzam o nosso coração sempre desprevenido. Não interessa que idade temos, nem quantas vezes já amamos ou sofremos, porque cada vez que acontece parece sempre a primeira e a última, a original e a derradeira, e a mais bela história de amor que queremos guardar para sempre no nosso coração.

Depois quase sempre vem a desilusão, e aí dizemos que nunca pensamos que a mais bela história de amor poderia acabar assim, porque apostamos tudo nela, e porque poderia mudar as nossas vidas. Só que entretanto também percebemos que se calhar estávamos a sonhar alto demais, e de que isso nunca seria possível.

Não nos podemos esquecer que o Amor só sobrevive e resiste à erosão do tempo, se for vivido do sonho, da espera, da dedicação, e da aceitação, e o que mais dói quando se ama alguém é imaginar tudo o que não conseguimos realizar juntos. O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata.

Por isso, o melhor é aproveitar os momentos em que ainda é possível viver o Amor, porque o Amor em si, mesmo que imperfeito, é já um presente da vida.

Muitas vezes sinto que tenho que ser muito mais que um Deus, capaz de ir mais longe do que alguma vez fui na minha dor. Tenho que ir para além da vida, e para além da própria morte. Sinto que tenho, e que posso conquistar vitórias, mas que já estou tão para lá dos meus limites que tento enganar a morte para chegar à glória.

Tenho que ter forças para transformar a dor em prazer, a raiva em diversão, e o sangue em vitalidade, porque só assim poderei traçar o meu destino, e provar a mim mesmo que há sempre um caminho possível para seguir.

Há alturas na nossa vida afectiva em que somos capazes de nos comportar como autênticos refugiados, e por isso abrigamo-nos no beijo de quem estiver mais próximo, e escondemo-nos nos lençóis que se nos apresentam mais confortáveis.

Somos capazes de nos comportar como autênticas prostitutas de sentimentos, e de vendermos o amor que sentimos por um pouco de atenção... por um beijo fácil... por uma noite descomprometida... por um amanhecer a dois seguido de... nada...

Não temos medo, nem vergonha de nada, e sentimos que podemos amar à vontade, porque este tipo de relacionamentos não passam da alvorada.

Somos estúpidos... hipócritas... egoístas... e egocêntricos atordoados por delírios esculpidos no meio de dois corpos unidos pelo acaso, que depois se despem um do outro sem se despedirem...

It's always and only a one night stand...

Quem amou já perdeu (nem que por uma só vez) a noção do tempo. Já vagueou por ai, com as mãos a deslizarem pelo volante, em busca da recordação perfeita, e viu o tempo passar diante dos seus olhos sem se fazer notar, porque perdemos sempre a noção do tempo e do espaço quando pensamos em alguém que amamos...

Numa noite escura e fria, andava a vaguear pelas estradas do desconhecido, como uma alma solitária. Procurava o meu destino. Por entre as lágrimas do meu choro, tinha a esperança de ver um vulto... o vulto dela... a aproximar-se. Continuei a conduzir e a pensar, como seria o rosto dela... Não consegui deslumbrar uma imagem... Por muito ténue que fosse... Mas mantive a esperança.

Continuei a conduzir, por essas estradas desconhecidas, pela noite escura e fria, porque finalmente a manhã iria chegar, e eu iria ver que afinal essas estradas não me eram assim tão desconhecidas, nem andava assim tão perdido, nem estava tanto frio assim... porque finalmente, como que trazida pelo vento, iria vê-la chegar, dar-me um beijo, e fundirmo-nos num só corpo, que nada nem ninguém iria separar.

Parabéns ao "Pedaços de Nós"

Parabéns a todos nós...



Tal como numa família com laços de sangue, também no "Pedaços" tem sido necessário enfrentar as dificuldades inerentes a qualquer família. Sim, porque é disso que se trata quando falamos do "Pedaços de Nós"...

Um conjunto de pessoas emocionalmente ligadas, com dinâmicas próprias, que partilham as suas "histórias" em pequenos pedaços. E porque cada família tem as suas normas e regras próprias, a nossa não podia fugir à regra, e como tal, é uma família baseada num sistema de comunicação em interacção constante, com ritmos, intimidades, linguagens verbais, e estilos de vida diferenciados e muito próprios. Por aqui partilham-se afectos e crenças, e gerem-se também conflitos, porque como em todas as famílias, também por aqui há pessoas com valores e visões do mundo diferentes, mas em que se respeitam os espaços individuais de cada um.

E como nada é imutável, também no "Pedaços de Nós" tem sido assim, e por isso mesmo tem passado por diversas fases... Mas como se costuma dizer... "everything must change, nothing stays the same, and everyone will change, because no one stays the same".

Por isso, por esta família passaram ao longo destes três anos cerca de 30 pessoas. Algumas há que partilham este espaço desde o início, e como tal têm ajudado a acolher quem aqui chega de novo, ao mesmo tempo que têm visto partir alguns. Uns por vontade própria, outros devido a agruras e vicissitudes que a vida infelizmente por vezes nos reserva.

Queria deixar uma palavra para todos aqueles que mesmo sabendo que não têm a possibilidade de comentar, são visitas e leitores assíduos deste espaço. E acreditem que não são tão poucos assim. Para eles o nosso agradecimento, e também os Parabéns, porque também o merecem, e porque em certa medida também são responsáveis pela existência deste espaço. Para eles eu digo, que basta sentirem vontade e motivação para tal, para passarem a fazer parte desta família também, passando-se para o lado de cá. Basta querer, e demonstrar essa vontade através de email.

Tenho esperança que neste quarto ano em que este espaço vai entrar seja possível mantermo-nos todos unidos, e tentarmos acolher da melhor maneira os novos membros que possam surgir para esta família tentando fazê-los sentir em casa.

Por me parecer justo, não poderia deixar de fazer uma referência personalizada a todos aqueles que se foram mantendo mais participativos durante este ano que agora termina, e que por isso têm tido uma maior responsabilidade na existência e manutenção deste espaço. Daí o meu muito obrigado pelo seu grande contributo e empenho à foryou, à Alexandra, à Ana, ao Gonio, à Litinha, ao Tazaroteno, à Junior, ao Pedro Arunca, ao NunoSioux, e à Dä®k Añgë£.

A todos os outros membros desta família, eu diria que continuam a ser muito importantes, e que o vosso contributo é não só esperado como muito desejado.
Afinal estamos todos de PARABÉNS, e nada somos uns sem os outros...
Beijinhos e abraços a todos.

As Mulheres esquecem-se constantemente do seu real valor, mas têm muito mais valor do que aquilo que julgam, porque as Mulheres são verdadeiramente espantosas.

Conseguem passar pelas dificuldades da vida, e manter sempre um ar de felicidade, alegria, e amor... conseguem rir quando querem gritar... conseguem cantar quando querem chorar...

Conseguem chorar quando estão felizes, e rirem-se quando estão nervosas... conseguem lutar por tudo aquilo em que acreditam... São incapazes de aceitar um "não", quando acreditam que existe outra solução.

Amam incondicionalmente, e ficam radiantes quando nasce uma criança a alguém próximo, da mesma forma que o ficam quando alguém se casa. Têm a incrível capacidade de manter a força para além de todos os limites, e é por isso que são as Mulheres que fazem este mundo andar para a frente.

As Mulheres têm capacidades que nos ultrapassam, e conseguem surpreender-nos completamente.

"Não existe homem ideal, é a mulher quem o faz ser ideal..."

Tenho que admitir que gosto bastante de beber umas cervejas...
Muitas vezes, para mim, a cerveja é a minha companhia ideal... às vezes até é melhor companhia que as mulheres... Porquê?

Porque não me deixa à espera a noite inteira, não arranja desculpas ao sábado à noite, não se vira para o outro lado da cama e começa a roncar, não olha para outros homens, é sempre agradável, e até posso passar a noite inteira com várias cervejas sem que elas se importem...

A vida é uma viagem no espaço e no tempo. Mas com o tempo, a viagem tende a abrandar, e então viajar torna-se uma fuga à realidade do dia-a-dia. Uma fuga e uma encenação...

Como viajante ao chegar a um lugar onde ninguém me conhece posso assumir o papel que preferir... nómada... aventureiro... foragido... boémio... nocturno... ou mero observador de "imagens"...

A vida é afinal uma viagem em fuga à morte... e a viagem é uma fuga à realidade... ou será a realidade duma vida em fuga?

Quando é que todas as nuvens desaparecerão das nossas vidas?
Até onde este nosso amor nos irá levar?
Nunca poderemos dizer que estamos satisfeitos, e nenhum de nós poderá dizer um dia que nunca tentou.

Tu és linda, eu ainda te amo... e lembro-me de todas as noites em que choramos juntos, de todos os sonhos que tivemos, e de como de repente se evaporaram, e se transformaram em fumaça.

Deixe-me sussurrar-te ao ouvido:
"Não chores... beija-me, porque os teus beijos têm um gosto doce, e eu odeio ver a tristeza nos teus olhos. Para mim não existe nenhuma mulher como tu... nenhuma mulher que chegue perto de ti... por isso enxuga esses olhos, porque nunca poderemos dizer que não tentamos"

...Mas não será este o momento de dizermos adeus?


O tempo é sempre pouco quando sei que estás próxima. Os dias bons são os que te trazem até mim. A minha sorte é que todos os dias me trazem sempre algo de ti...