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Minha querida amiga P.
A tua inicial podia ser outra... e outra... e mais outra... e outra ainda... tantas quantas as verdadeiras amigas que tenho, mas escolhi-te, para te dizer, especialmente hoje, que é o teu dia, como... o quanto... e porque é que gosto tanto de ti.

A nossa amizade é feita de uma vontade de dar, ouvir, ajudar, apoiar, de estar ao lado para o que der e vier, de comungar o que é impartilhável, de guardar segredos, e de suavizar a nossa própria realidade quando esta se torna assustadora aos nossos olhos. Olho para ti, e vejo uma voz sempre disponível, uma mão pronta a dar, e um ombro preparado para receber as minhas tristezas.

Acredita que és um pilar, mesmo quando te sentes fraca e vulnerável. Gastas o teu tempo comigo sem nunca me fazeres sentir que o estás a perder, e ouves-me vezes sem conta a contar a mesma história, como se fosse sempre a primeira vez.

Fazes parte do pequeníssimo grupo de pessoas com quem posso contar para tudo, sempre e para sempre, na minha vida. Tu dás-me muito do que não tenho, e nunca te cansas de tentar descobrir em mim o que me falta para ser melhor e mais feliz. Acreditas incondicionalmente nas minhas capacidades, e aturas os meus defeitos, e as minhas neuras.

Enfim... estás ao meu lado para o que der e vier, e por isso só te posso dizer, que a minha vida não teria a mesma luz se tu não fizesses parte dela.


Tenho a impressão de estar feliz. Já não é mau... Tenho tido uma vida de merda, mas a culpa tem sido minha. O mais que posso dizer é que ao menos tem sido interessante.

Tem graça!!! Não me lembro de alguma vez ter estado feliz... antes... nem em criança... Senão lembrava-me de certeza. Porque é muito bom. Deve ser...

Mas afinal quem sou eu para estar feliz? Não tenho razões para estar feliz... mas estou... feliz é aquilo que neste momento mais estou... Mais pelo menos do que em qualquer momento de que me lembre, ocorrido durante a minha vida despreocupada e interessante.

Nunca encontro respostas para os enigmas mais importantes da minha vida... apenas encontro soluções de recurso. Porque será?

As mulheres têm vários segredos, e um deles é a paixão por lingerie. Não está relacionado com o facto de haver cada vez mais mulheres fashion victims. A lingerie tem a ver com uma paixão interior das mulheres por si próprias.

A vantagem da lingerie é que uma mulher que não seja bem feita fica "engraçada", e uma mulher "engraçada" fica uma autêntica "bomba".

E afinal para quê? Quando chega a hora H a última coisa em que se está pensar é na lingerie da mulher com quem se quer partilhar outros prazeres, e na pressa do momento quem-tem-vestido-o-quê só é importante se for equacionado como quanto-tempo-se-demora-a-despir-o-que-se-tem-vestido. Eu que me considero uma pessoa de bom gosto, gosto de uma boa peça de lingerie. Mas dizem-me que são poucos os que apreciam.

Será que é mesmo assim? Vocês acreditam? Para mim, a lingerie está para as mulheres como os automóveis estão para os homens... tratam-se de objectos que aumentam o potencial de sedução, e que usados em conjunto, ou separadamente dão prazer. A grande vantagem das mulheres está obviamente no preço...

Porquê blogar?
A arte de blogar, é o segredo de dialogar.
Escreve-se aqui, lê-se acolá...
É um sentimento escrito, uma emoção arquivada, à espera apenas de ser descodificada, desmistificada, e não recriminada...
Protegida pelo monitor, e pela internet.
Por vezes é a leitura de uma realidade distante, ou de emoções apenas na terceira pessoa...
É singular... é linear...
Blogar é viver... é existir...
Sim! Existir!


Se eu blogo logo existo...
Se penso logo existo...
Se penso que penso...
divago...
Se divago, logo existo...
Divago enquanto isso...
Divago enquanto posso...
...o quanto posso!!!


Eu penso, mas quando penso, logo desisto de pensar, mas já que existo aproveito...
Mas existo? Porquê?!
Acredito que algo existe... se a matéria existe, algo mais poderá existir.
Penso, logo só existe o que se ajusta aos meus conceitos e preconceitos...
Entenderam???
Eu também não... mas que existo existo!!!
E divago enquanto posso...

Visões, encontros, esperanças, desencontros, desilusões...

Vidas cruzadas... no tempo encravadas, no amor desesperadas, no futuro abraçadas...

Lágrimas... tristes por excelência, vazias de conteúdo, doridas, originadas por um silêncio mudo...

Loucura... originada no amor, desfeita no calor de corpos abraçados, de beijos consumidos, de desejos possuídos, por quem ama, quem vê, quem sabe o futuro, quem questiona o porquê...

Raiva... de quem somos, do que podíamos alcançar, do que podíamos sonhar, desfeitos de corpo e alma, sem ninguém, sem nada a almejar, chorando pelos cantos, perdendo fé no amor, tremendo com terror, medo em vida, quietude em morte, esperando talvez ter melhor sorte, noutra vida, noutro corpo, noutra visão, noutra solução, noutro amor, numa outra situação...

Visões... do amor, do calor, do sentido, do almejar, do que se quer conquistar...

Gritos... gritos de terror, poemas de amor, quero gritar, quero destruir, quero possuir força e alma, corpo e situação, ter fé numa solução...

Quero ser merecedor... quero ser motivo de orgulho, não de choro e dor...

Quero viver... quero morrer, quero chorar, quero voar, quero ser capaz de gritar...

Quero poder acabar... de amar, de viver, de sorrir, de chorar, de fugir, de sonhar...


E porque a mim me encantou, resolvi partilhar uma das muitas coisas boas que a vida nos pode oferecer.
E afinal a vida tem tantas coisas, e momentos bons, que merecem ser vividos e partilhados...


A História do Bar

O bar fica em Câmara de Lobos, na ilha da Madeira. Cresceu a fazer as ponchas tradicionais da região com aguardente de cana, e depressa se descobriu que o segredo do negócio estava na adaptação do sabor antigo para um agradável paladar das novas gerações. Substituiu-se a aguardente pela vodka, e adicionaram-se ainda os sabores do maracujá, da laranja e do limão. Depressa o bar Number2 deixou de ser só uma referência turística, para passar a ser um local de culto dos noctívagos de toda a região.

A História da Poncha

A Poncha é uma bebida originária da Índia, trazida pelos ingleses, e adaptada pelos Madeirenses. Panche, nome atribuído pelos indianos à bebida, era inicialmente constituída por cinco ingredientes: a aguardente de arroz ou de noz de coco, o açúcar, chá de ervas doces, água e especiarias.

Na Madeira esta bebida foi adaptada, passando a utilizar-se a aguardente de cana, sumo de limão, e cascas de limão maduro. A Poncha tornou-se muito popular devido ao facto de esta ser considerada um bom remédio para curar as mazelas da garganta... mas não só...

Aconselho vivamente quem não experimentou uma Poncha, a fazê-lo, porque nem imaginam o que andam a perder...

O fascínio da vida pode estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama alguém. Pode até acontecer com a pessoa que está ao nosso lado neste instante. Por vezes achamos que é um amor morno e sem chama, e que se acabar... tanto faz... mas passado algum tempo podemos vir a descobrir que nada era mais forte e raro do que esse sentimento.

Tarde demais é uma expressão demasiado cruel...
Tarde demais é uma conclusão a que nunca se deveria chegar...
Tarde demais é demasiado longe...

Por isso, não é lá que devemos deixar as nossas descobertas, porque só se vive uma vez, mesmo quando se adia a vida por nenhuma razão, apenas por medo de ser feliz.