Sinto-me bem na minha pele, gosto do meu corpo, de me entregar sem medo, e não receio as minhas imperfeições. Quem se esconder do seu corpo nunca irá viver uma verdadeira paixão (é que o tempo das cartas já lá vai). Ter umas ancas largas, ou um rabo grande, é melhor do que caber num trinta e seis sem curvas.
Por vezes faço um zapping às mulheres que conheço, e imagino as que serão generosas na cama. Faço o mesmo também aos homens, e verifico que os mais preocupados com o seu próprio corpo, estão menos disponíveis para nos dar prazer. Gostam menos de beijar, e raras vezes fazem sexo oral. Reduzem-se à insignificância da penetração, que os torna másculos em cinco minutos. Já pensaram que tanto ginásio vos faz perder a libido?
O mesmo se passa com as mulheres. A que se preocupam demasiado com a comida, e com o "pneu" (que não estava lá antes do jantar), ou fingem muito na cama, ou simplesmente nem se chegam a dar. Sempre ouvi dizer que "quem não é para comer, não é para trabalhar". Perdoem-me, mas eu acho que "quem não é para comer, não é para foder". A mulher finge tão perfeitamente que às vezes chega a fingir que é prazer, o prazer que não sente. E como eu odeio fingimentos...
Há uns tempos atrás, vivi uma paixão arrebatadora, e foi precisamente nessa altura da minha vida, em que o tecido entrou em litígio com o meu corpo... o tecido queria ter pano para mangas, mas o meu corpo não deixava. Eu estava mais gorda, e não havia nada a fazer... quer dizer, haver, havia, mas o cansaço do trabalho pedia compensações extra, e eu fazia todas as vontades ao meu apetite. A pessoa por quem me apaixonei incluída...
A coisa era tão carnal (uma vegetariana diria a mesma coisa?), que cada vez que ele me punha as mãos nas nádegas, e me erguia nua à frente dele, eu sentia-me uma pluma. Às vezes dizia-lhe: "Estou gorda"
E ele respondia: "Tu és uma mulher"
E na verdade eu sentia-me uma mulher de corpo inteiro. Entretanto terminamos a nossa relação, e eu continuei a sentir-me bem na minha pele. Emagreci, engordei, fui mais e menos bonita, vesti-me umas vezes melhor do que outras, mas cá dentro... dentro do que cabe no soutien, nas calcinhas, e do que sobra nas mangas, aprendi a sentir-me bem... bem mesmo.
Eu se fosse outra pessoa, adorava possuir este meu corpo de pêra, que não é fruto proibido. Assim resta-me ser possuída... Bendito este meu corpo que se rendeu sem resistências ao prazer...
Por vezes faço um zapping às mulheres que conheço, e imagino as que serão generosas na cama. Faço o mesmo também aos homens, e verifico que os mais preocupados com o seu próprio corpo, estão menos disponíveis para nos dar prazer. Gostam menos de beijar, e raras vezes fazem sexo oral. Reduzem-se à insignificância da penetração, que os torna másculos em cinco minutos. Já pensaram que tanto ginásio vos faz perder a libido?
O mesmo se passa com as mulheres. A que se preocupam demasiado com a comida, e com o "pneu" (que não estava lá antes do jantar), ou fingem muito na cama, ou simplesmente nem se chegam a dar. Sempre ouvi dizer que "quem não é para comer, não é para trabalhar". Perdoem-me, mas eu acho que "quem não é para comer, não é para foder". A mulher finge tão perfeitamente que às vezes chega a fingir que é prazer, o prazer que não sente. E como eu odeio fingimentos...
Há uns tempos atrás, vivi uma paixão arrebatadora, e foi precisamente nessa altura da minha vida, em que o tecido entrou em litígio com o meu corpo... o tecido queria ter pano para mangas, mas o meu corpo não deixava. Eu estava mais gorda, e não havia nada a fazer... quer dizer, haver, havia, mas o cansaço do trabalho pedia compensações extra, e eu fazia todas as vontades ao meu apetite. A pessoa por quem me apaixonei incluída...
A coisa era tão carnal (uma vegetariana diria a mesma coisa?), que cada vez que ele me punha as mãos nas nádegas, e me erguia nua à frente dele, eu sentia-me uma pluma. Às vezes dizia-lhe: "Estou gorda"
E ele respondia: "Tu és uma mulher"
E na verdade eu sentia-me uma mulher de corpo inteiro. Entretanto terminamos a nossa relação, e eu continuei a sentir-me bem na minha pele. Emagreci, engordei, fui mais e menos bonita, vesti-me umas vezes melhor do que outras, mas cá dentro... dentro do que cabe no soutien, nas calcinhas, e do que sobra nas mangas, aprendi a sentir-me bem... bem mesmo.
Eu se fosse outra pessoa, adorava possuir este meu corpo de pêra, que não é fruto proibido. Assim resta-me ser possuída... Bendito este meu corpo que se rendeu sem resistências ao prazer...
Divagando sobre: Dä®k Añgë£, Pedaços de mim, Red Diaries
1 Comment:
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- Anonymous said...
27/12/06Mas que felicidade a minha ter tropeçado nesta prosa. Ler uma mulher assim lava-me a alma e faz-me voltar a ter esperança.
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