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Uma boa história de amor é o que realmente interessa e é importante nesta nossa vida. Mas para que isso aconteça, é necessário que se consiga viver um amor possível, o que cada vez está mais difícil de encontrar, porque à medida que o número de casamentos aumenta, paralelamente as separações também, e até em proporções maiores!!! Porque será que isto acontece? E porque será que cada vez é mais difícil encontrar um amor possível?

Talvez porque enraizámos na nossa forma de pensar que se um relacionamento não der certo, é fácil procurar e encontrar um novo amor. Mas não nos devemos esquecer que o sentimento de perda é doloroso, porque afinal, o fim de cada relação deixa sempre marcas profundas, e muitas vezes cicatrizes para toda a vida, ainda para mais quando estávamos certos de ter encontrado um amor possível.

Mas pior do que perder um amor possível, é nunca tê-lo encontrado, e acreditarmos que eles só acontecem nos filmes. Não nos devemos iludir, por isso temos que estar conscientes que encontrar um amor possível, é como sair-nos o Euromilhões. E quando isso acontece há que o ter bem presente na nossa consciência, e encará-lo como um presente, ou uma dádiva de valor inestimável.

Isso significa que temos que estar preparados para dividir o que temos, e desejarmos construir mais para termos mais o que dividir e partilhar. Temos que saber viver com a outra pessoa dentro de nós, e para isso temos que saber "queimar" todas as outras relações anteriores, e saber esquecê-las. Amar é aventurarmo-nos, e mergulharmos de cabeça sem nada saber.

17 Comments:

  1. Ana said...
    E é por tudo isto que eu acho que enquanto as feridas não saram, não é justo carrega-las para uma nova história. Não é justo estarmos com alguém "pela metade", reticentes, fechados, com um pé no presente e outro no passado, carregados de medos e mágoas.
    Há que limpar a alma, queimar -como tu dizes - tudo o que ficou para trás, reconstruirmo-nos primeiro, para então depois nos podermos aventurar num, quem sabe, amor possível.

    Porque enquanto as feridas lá estiverem, não vamos acreditar que ele existe.

    beijinhos
    nOgS said...
    Art, tocou-me muito este teu texto.
    Às vezes é mesmo isso que queremos, apenas. Um amor possível... e sermos felizes.

    Um abraço
    Fá menor said...
    É possível um amor assim se este não for dependente unicamente dos sentidos, da paixão. Um amor deve viver-se também com a razão, com a vontade de o viver. É possível, se nos conseguirmos apaixonar muitas vezes e sempre pela mesma pessoa, vendo nela o lado bom e perdoando o lado menos bom porque, afinal, não somos perfeitos e a perfeição não se pode exigir se não se a tem também!

    Beijinhos
    Luadoceu said...
    Amar um amor possivel é respeitar as diferenças por mais ás vezes que não as compreendamos.....

    Há separação precisamente porque deixa se de respitar essas diferenças, mesmo que o amor os tenha unido....mas há que acreditar que o amor é possivel de ser vivido...há que saber esperar o tempo e timing certo de que ele apareça, porque todos(as) merecemos ser felizes....

    A separação, não acredito muito que aconteça devido a rotina...mas sim ja a falta dese respeito e entendimento um do outro...

    Ha que fazer as pazes todos os dias...mesmo as vezes magoado, porque sabe tão bem ao fim do dia saber que nao estamos zangados, quando isso nao acontece algo ja piorou

    Eu desacreditava me que me pudesse nao acontecer a mim um amor impossivel, mas afinal Deus e a Vida me proporcionou esse facto e agora vivo o presente, vivo passado com saudade, mas ja nao penso tanto nisso e o futuro a Deus pertence...ha que ter Fe

    Um beijinho p ti
    Anónimo said...
    Existe o amor possível,é de facto difícil de encontrá-lo,
    mas ele existe,muitas vezes está tão próximo de nós,
    que nem damos por ele.

    É sempre doloroso o fim de uma relação,para uns
    mais do que para outros,dependendo da forma como termina!

    Mas a vida continua e só temos dois caminhos:Ou decidimos
    pelo celibato,ou arriscamos em outra vida a dois,aqui vou citá-lo:

    "para isso temos que saber "queimar" todas as outras
    relações anteriores, e saber esquecê-las".

    Há quem pense, que, primeiro deve-se deixar cicatrizar
    as feridas,sim talvez,durante algum tempo,mas, e porque
    não, na nova relação,ajudarem-se um ao outro a cicatrizar
    as feridas!?A meu ver,é bem melhor esta opção,porque tendo
    ambos passado por experiências que deixaram marcas,
    compreenderão melhor o sofrimento de cada um.
    E aí sim,poderá nascer um verdadeiro Amor possível,
    cumplice,com ternura,verdade,lealdade,compreensão,
    e,quem sabe,uma união quase perfeita(o perfeito nunca
    se atinge).Porque Amar,não é aventurarmo-nos e
    mergulhar de cabeça,isso é paixão passageira que não leva a lado,
    nenhum,ou até pode levar,ao terminus de outra relação,que deixa marcas.

    bjs
    Erotic Spirit said...
    very sweet, very nice!
    can't add anyhing, its perfect as it stands :)
    Secreta said...
    Amar é um turbilhão de emoções e sensações e nem sempre conseguimos lidar com elas como deveriamos. Amores possiveis existem para todos nós , mas nós temos que os saber viver!
    Beijito.
    Je Vois La Vie en Vert said...
    Um amor é possível quando é feito na base do respeito, respeito de gostos próprios, de actitivades próprias, de amigos próprios, de personalidades próprias, de defeitos próprios e na base de uma visão da vida,de objectivos, do futuro em linhas paralelas que se cruzam de vez em quanto mas que vão dar ao mesmo destino : a felicidade.

    O mal de muitos casais novos é que à partida começam a vida com tudo (casa, carro, viagem...) e não têm projectos de acquisição em conjunto. Não sabem dar valor à luta para obter o desejado e a satisfação que vem quando chega, a não ser quando se trata das carreiras. As carreiras e o dinheiro decorrente delas passam antes de tudo. É triste.

    Beijinhos

    Verdinha
    A OUTRA said...
    O amor possível não encontra uma razão para ser possível!
    O amor possível não tem que "queimar" nada para poder viver.
    Nasceu como amor, e não porque fosse possível.
    O amor possível para nascer não viu tâo pouco que seria possível, e mesmo hoje em que o lado material, tal como antigamente também existia, apareceu como um rápido click num momento sem sabermos como nem porquê.
    Apartir desse momento deixou de ser impossível para ser possível, não se preocupa com mais alguma coisa além de ser amor.
    Mesmo que alguém lhe chame amor impossível, continua a ser amor, portanto possível.
    Quando alguém sente como tu dizes, dessa maneira tão material onde até o querer mais é para ser dividido com o outro já não é um amor puro.
    Talvez me chames utópica, e tens razão. Mas talvez ainda haja amores assim como eu digo: possíveis, amores somente.
    Sky All said...
    Como esse tema desperta ideias. No meu entender, amor é um só. Não creio em amor de pai, de companheira, de amigos. Amor é um só. O resto são subdivisões do emaranhado de sentimentos do ser. São construções sociais. Talvez o próprio amor esteja neste rol. As dores são conseqüências justamente desses sentires. É a não aceitação de um estado, incompreensão latente.
    Luz Santos said...
    Agora pergunto eu:

    Os filmes não se inspiram nas histórias de amor, possíveis ou impossíveis?...
    Não é de maneira nenhuma a vida que se inspira nos filmes, mas sim o contrário.
    Portanto o que eu penso que acontece é que ninguém tem paciência para ser moderadamente feliz, quer tudo... ou nada.
    Estamos numa fase em que todos querem viver sem travão nem responsabilidades, e tornar o outro feliz também envolve privação.
    Privação dum pouco da sua personalidade, dos seus prazeres, da sua liberdade...
    Um amor possível, por vezes, dá mais do que recebe, e hoje como ontem, todos querem receber parte igual.
    Há realmente uma diferença, hoje cada um facilmente pode desistir do acordo que assinou, anos muito atrás não. E para os que iam embora a vida não era fácil.
    Terei razão?
    A Luz A Sombra
    Secreta said...
    Bom fim de semana!
    Miriamdomar said...
    Art
    Não é o amor possível que é difícil de encontrar , o que é difícil é encontrar alguém que saiba amar ,aceitar o outro como ele é ,respeitá-lo e manter a chama acesa !
    O saber dar e receber é muito importante numa relação a dois mas dá muito trabalho!
    E a vida de hoje é tão stressante que as pessoas não querem ter esse trabalho!
    Uma pessoa que já tenha amado muito e já tenha sido muito amada , consegue aperceber-se melhor ,da capacidade do outro para amar!
    O amor acontece e nós temos de estar prontos para o receber !Nós só sabemos se o amor é possível, se o recebermos!
    marco said...
    estas assim tao sensivel....nao gosto disto...vou ao outro blog..lol!
    GS said...
    ... sabes que não falo nem comento temas demasiado intimistas. Este é o mais de todos eles.

    Mas não queria sair sem te deixar uma 'résteazinha' de minha presença em teu espaço...

    Lindo fim-de-semana outonal
    Um beijo afectuoso,

    Lamento ter-me mantido afastada (assuntos que já tive oportunidade de expor em 'fragmentos').
    Oliver Pickwick said...
    O amor não sujeita-se à estatísticas. Disse muito bem no final, o amor é uma aventura. Mas o que seria do mundo sem a aventura? Correr riscos é da natureza humana e, também, a única maneira de atingir objetivos.
    Um abraço!
    Parapeito said...
    Concordo com o que escreveste..e para resumir o que eu penso deixo aqui :
    "... O amor é quando a gente mora um no outro."
    Mário Quintana
    Um bom fim de semana cheio de brisas doces****

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