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Às vezes fico sozinha à sexta-feira à noite. Calha de chover... e eu fico. Visto o meu robe, há quem lhe chame "espera-maridos", ocupo as mãos com um comando, e um pacote de bolachas, e fico à espero do momento de adormecer, tendo a certeza que amanhã é outro dia...

Eu sabia que isto das sextas-feiras em casa não ia durar para sempre. O sábado é um óptimo dia para recomeçar a viver, sobretudo depois de na véspera ter adormecido no sofá. Por isso juntei-me ao jantar à minha melhor amiga, ao namorado dela, e a um amigo do namorado dela... que eu não conhecia. Ele é tranquilo, não fuma, não bebe... muito, conversa bastante, é bonito, e simpático.

Depois de sairmos do restaurante fomos até um bar beber um copo, e eu convenci-o a emborcar vários copos, o que desconfio, fez com que visse o mundo com outros olhos... Por isso acabei a noite à porta de casa da minha amiga, com ele dentro do meu carro, e eu a falar-lhe de amor...

Na segunda-feira cheguei ao emprego decidida, e meti quatro dias de férias, para andar a "passear" com ele, e acabámos na cama ainda a semana ia a meio.

No jantar do sábado seguinte fui ter ao restaurante onde já estava um grupo de amigos para comemorarmos o aniversário da minha melhor amiga... e entre eles estava um grande amigo meu de outros carnavais. Ele diz que nota quando eu ando com um ar satisfeito. Satisfeito é um eufemismo para a expressão "bem fodida"... e desta vez tinha razão em dizer que eu estava satisfeita. Ele já me conhece o suficiente para saber como sou eu com ar de "bem fodida", e eu gosto que se perceba a diferença.

E agora eu pergunto-me que ar é esse de "bem fodida", que eu trazia, e que não tinha noutras alturas em que houve outras pessoas na minha vida?

Quando andava com o meu anterior namorado, parecia uma bipolar afectiva, a oscilar entre a felicidade extrema, e a tristeza profunda. Não tinha nada a ver com o sexo. O sexo não me saciava as dúvidas, porque eu estava apaixonada, e tinha sempre medo que ele não voltasse a telefonar... o que um dia de facto aconteceu.

Era a disponibilidade... a disponibilidade é tudo. Quando encontrei o amigo-do-namorado-da-minha-melhor-amiga, estava disponível para ser saciada. Não basta termos bom sexo, é preciso sentirmo-nos desprendidos, e eu senti-me desprendida, porque nenhum de nós tinha expectativas de nada, a não ser termos bom sexo.

Agora já podem ver em mim indícios de "bem fodida", e digo-vos que "ando entusiasmada". Não estou apaixonada, mas sinto-me entusiasmada com as pessoas que se cruzam comigo... a um passo de voltar a estar "bem fodida"...

1 Comment:

  1. Pedro Arunca said...
    Percebe-se o sexo pintado de fresco. As cores no rosto não enganam. A seguir a um longo jejum, bem que sabe encher a "barriga" farta de misérias.

    Boas férias........

    Pa

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