Há muito tempo que não sinto o teu cheiro. Dantes quando a distância era apenas ditada pela nossa vontade, bastava-me inspirar um pouco mais fundo para te apanhar no ar. Era um tempo que corria muito depressa, e parecia sempre pouco. Era um tempo em que o nada era tudo, em que as palavras se silenciavam mesmo à porta de casa, e em que a música ia dizendo o que não sabíamos explicar, nem compreender.
Nesse tempo, tu fingias que não te doía a distância, e eu convencia-me que era melhor assim. Foram tempos difíceis, em que metade de ti já estava fora daqui, em que só o corpo te mantinha por cá, presa por um fio, como sempre estiveste presa a tudo na vida, e a quem te tocasse no coração.
A verdade é que aprendi a esquecer-te... mas não sei se te esqueci... parece-me que não é bem isso... nem sei se os meus joelhos voltariam a tremer, ou se teria um ligeiro ataque de pânico se nos voltássemos a cruzar... ou se pelo contrário, te estendia a cara para trocar um beijo rápido, quase impessoal, que não me faria sequer virar a cabeça e seguir-te os passos no caminho do afastamento.
Não sei como é a vida, o dia de hoje, o próximo minuto, o instante que se segue, porque nada é certo e seguro, e nada se agarra a não ser por escassos instantes. A vida ensinou-me a aceitar na perda uma vantagem qualquer.
Nesse tempo, tu fingias que não te doía a distância, e eu convencia-me que era melhor assim. Foram tempos difíceis, em que metade de ti já estava fora daqui, em que só o corpo te mantinha por cá, presa por um fio, como sempre estiveste presa a tudo na vida, e a quem te tocasse no coração.
A verdade é que aprendi a esquecer-te... mas não sei se te esqueci... parece-me que não é bem isso... nem sei se os meus joelhos voltariam a tremer, ou se teria um ligeiro ataque de pânico se nos voltássemos a cruzar... ou se pelo contrário, te estendia a cara para trocar um beijo rápido, quase impessoal, que não me faria sequer virar a cabeça e seguir-te os passos no caminho do afastamento.
Não sei como é a vida, o dia de hoje, o próximo minuto, o instante que se segue, porque nada é certo e seguro, e nada se agarra a não ser por escassos instantes. A vida ensinou-me a aceitar na perda uma vantagem qualquer.
Divagando sobre: About Last Night, amor
8 Comments:
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pero pasa lamentablemente, cuando el encanto acaba y el amor tambien, dejando silencio y ausencia
mil besitos y que estes muy bien
un abrazo muy grande
besos y sueños
bonito texto, como sempre!
Gostei especialmente do final:
"a vida ensinou-me a aceitar na perda uma vantagem qualquer".
É o que normalmente acontece, acabamos por só dar o verdadeiro valor às pessoas quando já não as temos, ou já não a podemos ter ou depois de percebermos que passámos por pessoas bem piores...
Por vezes o destino também nos prega partidas quando nos resolve apresentar aquela pessoa com quem tanto nos identificamos mas no "timing" ou local errados! é injusto mas é isso que nos amadurece e nos faz saber o que realmente não queremos nas nossas vidas!
Bom fim de semana,
beijinho
Infelizmente a vida continua, nem sempre como desejamos...
Um bom fim de semana,
beijinhu
A verdade, a verdade é que tudo aprendemos na vida!
Aprendemos a amar, a acreditar no amanhã...
Mas, também, aprendemos a sofrer e, sim, a esquecer...
Nem que “esquecer” seja só uma ilusão ou um “mal? – bem?” necessário para poder continuar...
Beijinhos.
Beijinhos =)
Pois não, mas só o facto de existir já é bom.
Esquecer? Quem me dera nunca esquecer nada...
Um texto lindissimo como todos os outros.
E deixo-te um beijo
Hoje venho aqui para te pedir o teu e-mail do blogger, vem ao meu cantinho para leres o porque
:)
beijinhu
jinhos meus
isamar