Eu pensava que quando tu vinhas ter comigo... Estavas e eras. Estavas comigo e eras tu, e era por isso que vinhas, e era por isso que te sentias bem. Também pensava que esse teu estar, tão intenso e perfeito, era o inverso de todos os outros lugares onde por obrigação ou cobardia, eras obrigado a estar sem estar, e sem ser.
Mas entre o que tu e eu pensávamos, o tempo foi tecendo um manto de confusão e dúvidas, e agora já não sei onde estás, nem quem és afinal. Custa-me imaginar-te longe, viciado numa existência estéril e inglória, na qual não estás nem és aquilo que és.
Mas se calhar és mesmo assim, se calhar já te habituaste a viver fora de ti, não estando nem sendo nos lugares e nas palavras onde as pessoas pensam que te encontras. E se calhar é por isso mesmo que também não te consigo encontrar, porque estás tão habituado a estar sem estar, e a não ser, que ninguém te consegue encontrar, nem mesmo tu.
Mas não faz mal, porque tudo aquilo que não se procura, acaba por ironia, por nos vir parar às mãos. Por isso penso que um dia... uma tarde... ou uma madrugada... uma maré de sorte ou de coragem te pode trazer de volta. Mas isso só será possível quando, ao ouvires as tuas pulsações, reconheceres nelas o bater de um coração que afinal ainda pode ser teu. Tu que vives há tanto tempo alheado de ti mesmo, estando sem estar, e não sendo, à custa de ser aquilo que os outros esperam que tu sejas.
Talvez um dia voltes finalmente a estar e a ser como eu pensava que eras... e foste... só que desististe. E quando uma pessoa desiste de falar, de ouvir, de estar, e de ser, não há nada a fazer...
Mas entre o que tu e eu pensávamos, o tempo foi tecendo um manto de confusão e dúvidas, e agora já não sei onde estás, nem quem és afinal. Custa-me imaginar-te longe, viciado numa existência estéril e inglória, na qual não estás nem és aquilo que és.
Mas se calhar és mesmo assim, se calhar já te habituaste a viver fora de ti, não estando nem sendo nos lugares e nas palavras onde as pessoas pensam que te encontras. E se calhar é por isso mesmo que também não te consigo encontrar, porque estás tão habituado a estar sem estar, e a não ser, que ninguém te consegue encontrar, nem mesmo tu.
Mas não faz mal, porque tudo aquilo que não se procura, acaba por ironia, por nos vir parar às mãos. Por isso penso que um dia... uma tarde... ou uma madrugada... uma maré de sorte ou de coragem te pode trazer de volta. Mas isso só será possível quando, ao ouvires as tuas pulsações, reconheceres nelas o bater de um coração que afinal ainda pode ser teu. Tu que vives há tanto tempo alheado de ti mesmo, estando sem estar, e não sendo, à custa de ser aquilo que os outros esperam que tu sejas.
Talvez um dia voltes finalmente a estar e a ser como eu pensava que eras... e foste... só que desististe. E quando uma pessoa desiste de falar, de ouvir, de estar, e de ser, não há nada a fazer...
Divagando sobre: About Last Night, amor, Dä®k Añgë£
17 Comments:
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Daniel
Mas é tarde... foi um dia longo... amanhã, com certeza de cabeça e 'alma' mais frescas, voltarei! Aí sim para comentar o q senti ao ler...
boa_noite Dark_&_Art
bjs
Antes de mais, parabéns pelo teu regresso a este mundo ...!
Obrigado pelo convite ...!
Vou fazer para merecer tal honra ...!
Um abraço da Matilde e Cª!
Pois é, Dark, quando eles chegam a esta fase já não há mesmo nada a fazer. Tu ainda alimentas a esperança de o reconquistares. Eu, em igualdade de circunstâncias, já o teria "enterrado" pois o tipo de atitudes que descreves demonstram claramente a quebra da magia e da cumplicidade que são duas características fundamentais que alimentam uma relação! já não há um regressar ao passado pois a mágoa e a desilusão deixam marcas e já nada volta a ser como foi.
Os meus amigos acusam-me de ser pessimista mas eu chamo a isso ser REALISTA!
E nunca te esqueças que se souberes fechar bem uma porta, outra rapidamente se abrirá....
Um beijinho para ti,
boa semana!
Está lindo, sensível, real! E por isso mesmo ñ quero comentar.
Quando se trata de 'intimidade' ficcionada' ou não... eu 'oiço/leio com mt respeito e silencio.
Uma passagem me deteve: '...viciado numa existência estéril e inglória...'
Conheço assim alguém. Minh'alma doi!
Continuarei a ler-te pq sempre me senti mt bem!
Mais uma vez, mt sensibilizada pelo convite de poder partilhar entre poucos/poucas os teus 'afectos/desafectos'.
bjs numa noite chuvosa s fria
se te extrañaba y me alegro encontrar que nuevamente toma vida y encanto aqui
un post lleno de sentimientos
gracias por tus saludos en Sucesos
un abrazo grande y una linda semana
besitos
besos y sueños
un abrazo muy grande y muchos cariños
besitos
besos y sueños
Resta acreditar que um dia essa distância deixe de existir, ou então, simplesmente deixemos de querer chegar mais perto.
Beijinho,
Anokas
Belíssimo texto, que retrata aos encontros e desencontros de muita gente...
Beijo
Fiquei surpreendida e agradeço o convite, não sabia que tinhas privatizado...
Mais uma vez, um belíssimo texto (como sempre...).
Um beijinho e mais uma vez, obrigada :)
Obrigada pela honra de poder ler e apreciar estes sentimentos e momentos.
Uma coisa me icou e te digo que o sei que é bem real; o que não procuramos acaba realmente por vir ter a nossas maos.
Beijos com carinho.
Muito obrigado pelo convite, obrigado por voltares,
espero corresponder-te sempre que as tuas palavras me deliciem.
Procuras, sentes e queres. Quando deixas de sentir vai embora sem avisar o querer...
No "sentir" reside a essencia...
Venho agradecer-te o convite que muito me honra para visitar este blog que tanto gosto de ler, pela sensibilidade da escrita do mundo dos afectos.
Muito bonito este texto.
Beijo
besitos y gracias
besos y sueños