Agora já não te digo nada. Enfiei a capa da distância e fechei-me em silêncio, sem sequer saber o que se passa contigo, tu que me mandavas mensagens diárias. O que eu devia ter feito era envolver-me sem nunca desenvolver o que sentia por ti, e não pensar muito na vida.
Todos os dias acordo e penso que se tivesse sido um pouco mais prudente, teria desistido de ti quando tu desististe de mim. Se o tivesse feito teria poupado dias de dúvida e de incerteza.
Não és o meu primeiro desgosto de amor, nem sequer o último, mas a verdade é que me sentia feliz ao teu lado. O que mais gostava em ti era a tua franqueza, a tua independência, a tua forma livre de olhar para a vida, a tua capacidade de te entenderes com os outros, e de fazeres valer as tuas ideias sem nunca entrares em conflito. Gostava também muito do teu cuidado comigo sempre que estavámos juntos, um misto de protecção, de amizade, e de amor.
O amor não tem forma, mas a amizade é com toda a certeza uma das mais subtis formas de amor. A amizade é o amor sem preço nem prazo de validade. A amizade é feita de generosidade, tempo e confiança. Generosidade na forma de dar sem nunca pensar no que se pode receber em troca, tempo para aqueles de quem gostamos, e a confiança intocável no outro, a certeza que não nos vai falhar, nem enganar, nem esquecer. Não procuro respostas, nem desculpas, nem explicações, mas sobram-me palavras, e não tenho obrigação de as engolir.
Um dia destes um de nós vai ter pena da forma como tudo aconteceu, vai escrever uma carta, fazer um telefonema, mandar flores, ou um disco. Um de nós vai olhar para trás e ter saudades. Vai lembrar-se do corpo do outro, das noites em claro, dos presentes trocados, das viagens e de todas as revelações, de momentos que a memória arquivou numa gaveta que nenhum de nós quer abrir. Um de nós vai perceber como tudo isto é absurdo, e vai querer entender-se com o outro. Só que desta vez não serei eu...
Tens razão quando me dizes, mesmo sem dizeres nada, que todos temos direito à nossa visão das coisas, que todos temos direito à nossa razão. E a minha razão diz-me que ninguém merece isto, muito menos eu...
Todos os dias acordo e penso que se tivesse sido um pouco mais prudente, teria desistido de ti quando tu desististe de mim. Se o tivesse feito teria poupado dias de dúvida e de incerteza.
Não és o meu primeiro desgosto de amor, nem sequer o último, mas a verdade é que me sentia feliz ao teu lado. O que mais gostava em ti era a tua franqueza, a tua independência, a tua forma livre de olhar para a vida, a tua capacidade de te entenderes com os outros, e de fazeres valer as tuas ideias sem nunca entrares em conflito. Gostava também muito do teu cuidado comigo sempre que estavámos juntos, um misto de protecção, de amizade, e de amor.
O amor não tem forma, mas a amizade é com toda a certeza uma das mais subtis formas de amor. A amizade é o amor sem preço nem prazo de validade. A amizade é feita de generosidade, tempo e confiança. Generosidade na forma de dar sem nunca pensar no que se pode receber em troca, tempo para aqueles de quem gostamos, e a confiança intocável no outro, a certeza que não nos vai falhar, nem enganar, nem esquecer. Não procuro respostas, nem desculpas, nem explicações, mas sobram-me palavras, e não tenho obrigação de as engolir.
Um dia destes um de nós vai ter pena da forma como tudo aconteceu, vai escrever uma carta, fazer um telefonema, mandar flores, ou um disco. Um de nós vai olhar para trás e ter saudades. Vai lembrar-se do corpo do outro, das noites em claro, dos presentes trocados, das viagens e de todas as revelações, de momentos que a memória arquivou numa gaveta que nenhum de nós quer abrir. Um de nós vai perceber como tudo isto é absurdo, e vai querer entender-se com o outro. Só que desta vez não serei eu...
Tens razão quando me dizes, mesmo sem dizeres nada, que todos temos direito à nossa visão das coisas, que todos temos direito à nossa razão. E a minha razão diz-me que ninguém merece isto, muito menos eu...
Divagando sobre: About Last Night, amor, Dä®k Añgë£
37 Comments:
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
Um Abraço
[abs]
la vida una bella razon...pero que a veces escribe al reves.
te dejo mi abrazo y que estes muy bien
besos y sueños
Um texto triste, mas cheio de palavras sentidas, choradas, de revolta e de ternura ainda.
Desejo que essa nuvem negra, se afaste do teu pensamento, e que a luz volte a iluminar a tua alma.
Ps. Peço desculpa da minha ausência, mas estive uns dias com problemas no Pc.
Abraçoss
≺ A New Day ≻
A nossa felicidade somos nós que a construimos ou destruimos.
No longo percurso da vida muitas situações inesperadas nos acontecem.É nesses momentos que temos que ser fortes e estarmos bem conscientes de qual será
a razão da nossa felicidade.
Um beijo.
um beijo imenso
beijo...
este teu texto tocou-me bastante pela simples razão que podia ser uma carta da minha autoria dirigida a alguém que de mim só merece total indiferença.
Sempre critiquei aqueles casais que ao fim de alguns anos acabam desta forma a sua relação.
Eu fui forçada a agir exactamente dessa maneira, embora não seja apologista dessa forma de estar. Porém, não admito falsidades, mentiras, jogo duplo e interesse por isso só me restou "enterrar" esse amor, essa pessoa e essa amizade. Não consigo ser amiga de quem não é meu amigo....
É a vida....mais uma lição que aprendi!!!!
Beijinhos
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.
Fernando Pessoa
Bjks da Matilde
Não é fácil viver o que ambos estão a viver, mas quem sabe que possa restar uma amizade entre ambos :)))...
Força para os dois, tenho a certeza que para o Art também não é fácil.
Um beijinhu para os 2
As tuas palavras transmitem a existência daquele sentimento que inevitavelmente não podemos deixar de ter após o fim, ou o avistar do fim de uma relação; aquele a que chamamos de saudade.
Sinto ser esta a fase que atravessas; aquele tempo em que afastados se faz a “avaliação” do que foi, se pondera se poderá vir a ser, ou se ainda é!
É aquele período em que se pensa no “eu” e no outro.
É tempo para reflectir no que se quer e mais importante: mais do que perceber o que se quer é tomar consciência do que efectivamente não se quer.
Cada vez mais a vida exige de nós a certeza do que não queremos.
O que queremos há muito que o sabemos, o que não queremos é que nem sempre.
Desejo-te bons e longos momentos de reflexão… pois deles nascerá, certamente, a Luz, ainda que neste momento pareça impossível.
Um beijo.
http://silenciosdaalma.blogspot.com
Beijinhos!
[Dominio dos Anjos]
me saludaste en Aquellas pequeñas Cosas, ese espacio esta dedicado a Serrat...el canta esa magica canción que son versos de el.
es una bella cancion y el es magico.
mi abrazo y gracias por tu compañia
que estes bien
besos y sueños
gracias...un abrazo de oso para ti
besos y sueños
Vinicius es una maravilla...hermosas poesias que nos dejo y hermosas canciones que suenan a encanto siempre.
gracias por tus saludos
Vinicus te da las gracias tambien
besos y sueños
si el amor nunca se estaciona...crece y crece...tenemos la capacidad de amar hasta debajo de la piel
a ti te doy las gracias por tu compañia
una brazo y un buen fin de semana
besos y sueños
Lagrimas deja hablar el alma envuelta en amor...ese amor que hace decir mil cosas lindas...en aquellas pequeñas cosas mias.
GRACIAS TOTALES
por tu compañia y por tus saudos y este bello espacio, te dejo mil abrazos y que estes muy bien
besos y sueños
Bom fim de semana.
Beijos.
diverte-te*
A vida não sempre é facil, ou melhor nem sempre é justa e no que toca ao Amor.. surpreende-nos ainda Mais!
Neste momento... é impte que fales apenas alto para te ouvires!
Sim, só mais tarde percebemos q isto acontece...pq crescemos, sim...pq é o nosso histórico... pq faz parte da vida!
Amei "Amizade é Amor sem prazo de Validade"!
Pa ti Artinho... Mtas Felicidades!
bjoks
.
..
Fica bem!
estas tuas palvras fazem com que cada um se identifique, porque são reais.
Mas de onde vem a dificuldade de a viver?
Obrigado pela tua visita ao singular.
Abraço.
http://singular.blogs.sapo.pt/
http://calinadas.blog.pt/
http://racionalidades.blogspot.com/
Sentes afora a saudade, foste tu quem olhou o passado,
agora neste instante de saudade, recordas
não o que era teu mas o vosso, que era tudo...
Concordo contigo.
Concordo...
O primeiro parágrafo e o último dizem tudo..