Os hotéis fascinam-me por uma variedade de razões. Os hotéis são espaços de uma incrível intimidade, feitos para pessoas anónimas. Os quartos de hotel servem para dormir... gritar... tomar banho... ter sexo... começar relacionamentos... terminar relacionamentos...
No entanto cada vez que entramos num quarto de hotel sentimo-nos como se fossemos a primeira pessoa a lá estar, e não gostamos de encontrar qualquer vestígio de quem lá tenha estado instalado anteriormente. Parece que nos esquecemos que eles são limpos, e renovados cada 24 horas. Fascina-me como nós nos incorporamos num quarto de hotel, e como este se transforma no nosso refúgio.
Cada 24 horas num hotel funciona como se fosse uma vida, com princípio, meio, e fim. Fazemos de cada 24 horas o nosso percurso biológico de vida, o que de certa maneira é similar à nossa condição humana.
Enquanto estamos vivos, nós amamos... gritamos... rimos... dormimos... temos sexo... e por fim morremos. O mundo é limpo da nossa presença, o que na minha perspectiva faz com que o nosso tempo biológico seja breve... muito breve. É como nos hotéis, em que tudo é relativo, breve, especifico... dura apenas 24 horas cada ciclo.
Os quartos de hotel, assim como os lobbies, os aeroportos, ou os edifícios de escritórios, são lugares feitos de neutralidade, e eu espero, e desejo não passar pela vida com a neutralidade com que sou capaz de passar por um lugar destes. Quero passar pela vida deixando registros e mim... humanos... e emocionais, porque quer eu goste ou não, sou humano, por muito que às vezes pense, e tente ser um robô.
Será esta comparação demasiado excessiva? Será que eu estou a desejar demasiado?
No entanto cada vez que entramos num quarto de hotel sentimo-nos como se fossemos a primeira pessoa a lá estar, e não gostamos de encontrar qualquer vestígio de quem lá tenha estado instalado anteriormente. Parece que nos esquecemos que eles são limpos, e renovados cada 24 horas. Fascina-me como nós nos incorporamos num quarto de hotel, e como este se transforma no nosso refúgio.
Cada 24 horas num hotel funciona como se fosse uma vida, com princípio, meio, e fim. Fazemos de cada 24 horas o nosso percurso biológico de vida, o que de certa maneira é similar à nossa condição humana.
Enquanto estamos vivos, nós amamos... gritamos... rimos... dormimos... temos sexo... e por fim morremos. O mundo é limpo da nossa presença, o que na minha perspectiva faz com que o nosso tempo biológico seja breve... muito breve. É como nos hotéis, em que tudo é relativo, breve, especifico... dura apenas 24 horas cada ciclo.
Os quartos de hotel, assim como os lobbies, os aeroportos, ou os edifícios de escritórios, são lugares feitos de neutralidade, e eu espero, e desejo não passar pela vida com a neutralidade com que sou capaz de passar por um lugar destes. Quero passar pela vida deixando registros e mim... humanos... e emocionais, porque quer eu goste ou não, sou humano, por muito que às vezes pense, e tente ser um robô.
Será esta comparação demasiado excessiva? Será que eu estou a desejar demasiado?
Divagando sobre: Pedaços de mim, Pedaços de Nós
5 Comments:
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
Desejas o mínimo que cada ser-humano deveria ter direito na sua curta passagem por este mundo!...
Mas, hoje, o que me traz aqui é a menção que quero seja feita a este espaço, por todas as razões... que outro, com maior significado para mim, do que o Pedaços de Nós...?
E, claro, gostaria muito que fosses tu a receber esta pequena deferência que faço.
Passa pelo Life's Feelings...
Beijinhos.
Obrigado por na tua opinião este não ser um mau blog (!!!)
Também era só o que faltava... de ti não poderia esperar outra coisa.
Podes contar comigo para aqui no "Pedaços de Nós" fazer um post sobre esta tua distinção.
Obrigado por te teres lembrado de ti... e de nós...
:)
Beijinhos.
Eu gosto de ser humana, emocional, e de deixar registros de mim nos quartos de hotel... nos lobbies... nos aeroportos... e porque não nos escritórios mesmo...
São lugares onde eu gosto de me rir... de gritar... de amar... e de ter SEXO...
Beijinhos.
Um bom fim de semana.
Bjocas
O quarto de hotel é um lugar de batalhas em campo neutro e onde cada um sabe o que o espera,assim como o tempo de luta que lhe é destinado. No final, cada um segue o seu destino, sem se preocupar com a limpeza da zona do conflito.
01 Janeiro, 2008 15:54
Anónimo disse...
Vim parar aqui por acaso… quantos por acaso também aqui já não vieram... Sabes qual é aquela sensação de quer ser fodido e saber que não vamos conseguir. É uma completa frustração, não é?… tu sabes disso, embora o teu querer seja bem diferente do meu, pois o teu tem grande poder… é assim, é injusto… bem mas pronto não te fodo, mas olha que fico bem fodido no verdadeiro sentido da palavra por não o conseguir…
Porra assim também não vale Deus descriminou o homem e a Mulher. Porque que caralho haveria ter dado logo a maçã a Eva e não a Adão.
Gostei muito do que aqui li, mais do que a liberdade de expressão da escrita, a liberdade de sentir a vida em cada momento… o Hotel é um bom sítio para isso. Nem comento o que escreves, porque sinto em cada palavra, em cada frase tua, uma sensação minha… só com a diferença abismal do teu poder em relação ao meu. Tenho que me resignar a insignificância, é triste não é? Pois mas sempre foi assim… muitos com quase tudo, outros com quase nada… muitos com muitas fodas que levam e dão, outras batem punheta se quiserem... mas as aspirações são as mesmas… mais não consigo dizer apenas que fico com a certeza que serei um sopro de vento na teu rosto… apenas sentistes qualquer coisa, mas passou tão de repente que nem sabes o que foi…
Fico anónimo porque não tenho blog, por isso não poderei assinar… fica bem e continua assim… (não sei porque te digo isto, pois esta é a unica certeza que sei de ti).
Jorge
06 Fevereiro, 2008 23:24