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É a nostalgia do Verão, eu sei, mas lembrei-me do calor dele, e que me apaixonei. Mas nunca pensem que vos vou conto tudo... Até agora nunca me vi a gostar de ninguém por interesse. Gosto porque sim... às vezes é o olhar que me prende, outras vezes são as mãos bonitas, ou a voz grave das palavras, que até podem ser leves. Gosto porque sim... acontece-me gostar, gosto e pronto, gosto... quero... tenho... quando corre bem é claro.

Eu vi-o, e fascinei-me logo. Uma tarde, ele passou por mim, e disse:
"Olá! Estremeci, ou foi a terra?"
Lindo, era lindo, tudo nele parecia perfeito.

Eu tinha prometido a mim mesma não voltar a envolver-me com rapazes abaixo dos trinta... mas agora rendi-me de novo aos mais novos. Não nos conhecíamos antes, e nunca mais nos voltaremos a conhecer. Foi um calor de Verão, que morre na praia, mas que incendeia o espírito, mesmo que não se queira.

Metemos conversa num bar, dançamos, beijámo-nos, e acabamos cansados de tanto prazer. Acho que até poderíamos acabar casados... mas para quê interromper o prazer? Ele foi-se embora quando o sol já rompia o céu, e eu dormi sobre o assunto...

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Dark,
    Quando leio um texto, uma frase seja o que for em forma de palavras, há sempre algo que se destaca, que toma relevo como se de três dimensões se tratasse.
    Assim aconteceu com este teu “pedaço” que partilhas connosco.
    “Não nos conhecíamos antes, e nunca mais nos voltaremos a conhecer.”
    Falas dum momento da tua vida, “Um calor de Verão”, que viveste intensamente e que te deixou uma voluptuosa recordação.
    Mais uma vez se constata que os momentos fazem a nossa história, carregam neles a nossa carga emocional e fazem-nos crescer como seres humanos, que nos ensinam, que constroem e moldam o nosso “eu”.
    Muitas das vezes nem é de suma importância voltar a querer repeti-los, pois não voltarão a ser iguais e tudo quanto poderíamos retirar deles, provavelmente já foi retirado; o melhor mesmo é guardar no livro da nossa história que se chama coração.
    “… e nunca mais nos voltaremos a conhecer”, e para quê, se na maioria das vezes a procura obcecada e minuciosa do conhecimento do outro, resulta seguramente na rotura? Que seja apenas vivido o momento que ambos desejaram que acontecesse no presente, que se esqueça que cada um tem um passado e que o vivam como se amanhã não houvesse um futuro…
    Um beijo.
    Anónimo said...
    Dark,
    Deixa-me acrescentar... tenho uns gostos musicais muito peculiares e variados, neste momento enquanto lia e escrevia as palavras que te deixei, acompanhou-me “Enigma” com a música “Gravity Of Love”. O que quero dizer com isto? Simplesmente que, no seguimento do meu pensamento, este foi um momento único, jamais se repetirá e que me deixou uma sensação de bem-estar imensa... também este ficou registado e guardado no meu "livro"... momentos...!
    Anónimo said...
    Dark,
    Quantas pessoas já passaram pela tua vida? Muitas certamente. Há algumas que nós esquecemos, mas um dia, recordando um facto do passado, ressurge na memória aquele rosto conhecido e que há muito estava esquecido nos corredores do tempo.
    Dizes que gostas porque sim... acontece-te gostar, gostas e pronto, gostas...
    Eu diria que eu:

    Gosto porque gosto,
    Gosto porque sim,
    Gosto mas aposto,
    Que também gostas de mim...


    Beijinhos.

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